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Banca de DEFESA: FRANCISCO CAVALCANTE XAVIER

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO CAVALCANTE XAVIER
DATA: 29/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Belém/PA
TÍTULO:

ANÁLISE PERCEPTUAL DA HARMONIA VOCÁLICA NA FALA BELENENSE


PALAVRAS-CHAVES:

português brasileiro; falar de Belém; vogais médias pretônicas; abaixamento por harmonia vocálica; percepção


PÁGINAS: 123
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

O presente trabalho tem por objetivo investigar, perceptualmente, a produtividade da harmonia vocálica (HV) disparada por vogais baixas na variedade do português falada em Belém/PA. Para isso, formou-se corpus com 42 vocábulos paroxítonos, em sua maioria, no molde silábico “CV'CV.CV”, em que /e/ e /o/ se alternam na sílaba pretônica e /i, e, ɛ, a, ᴐ, o, u/, na tônica. Com uso do conversor Wideo Text-to-Speech Software, geraram-se, como estímulos sonoros, três variantes para cada item do corpus, de acordo com a altura da vogal pretônica: para , [i], [e], [E]; para , [u], [o], [O]. Uma amostra de 60 belenenses, estratificados em “sexo”, “faixa etária” e “escolaridade”, respondeu a um questionário implementado na plataforma Gorilla Experiment BuilderTM, versão 4, com dois protocolos de coleta de dados: I- Avaliação de Frequência (AF); II- Avaliação de Identificação (AI). Para a AF, protocolo principal, os participantes atribuíram às variantes de , uma frequência de ocorrência/uso aproximada na fala belenense, a partir dos seguintes índices escalares: Nunca, Raramente, Às vezes, Quase sempre. Na AI, mediu-se o desempenho dos participantes em identificar as três variantes como, de fato, diferentes. Os 10.080 dados coletados tiveram tratamento estatístico com uso do Programa R, versão 2024.04.1. Tomadas , por variáveis dependentes e as sete vogais tônicas por v. independentes, os resultados revelaram que, na fala de Belém, em geral, com base na escolha do índice de ocorrência plena Quase sempre: (a) as variantes altas são as menos frequentes – [i], com fr. relativa de .13 e [u], com .20; (b) as variantes médias são largamente predominantes, ajustando-se relativamente bem a todas as vogais tônicas – [e], .77 e [o], .75; (c) as variantes baixas estão em segundo lugar como mais frequentes – [E], .43 e [O], .41 –, mas, fortemente atraídas por vogais tônicas baixas, tomam a hegemonia das médias nesse contexto estrutural – [E], .82 - [e], .67; [O], .78 - [o], .68. Assim, atestou-se, no campo perceptual, uma regra fonológica de HV disparada por vogais baixas em pleno funcionamento no falar de Belém, como já apontavam estudos acústicos (Sousa, 2010; Fagundes, 2015; Souza, 2020). Por fim, dos fatores externos: (a) falantes com mais idade realçaram a hegemonia da HV; (b) falantes mais jovens atenuaram-na; c) indivíduos com formação na área da pesquisa (Letras-Português) também realçaram a hegemonia do fenômeno; d) estes indivíduos foram, igualmente, mais produtivos em discriminar as três variantes de , na AI.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLAUDIA REGINA BRESCANCINI
Interno - 1721753 - GESSIANE DE FATIMA LOBATO PICANCO
Presidente - 1153554 - REGINA CELIA FERNANDES CRUZ
Notícia cadastrada em: 09/08/2024 13:45
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