LETRAMENTO ACADÊMICO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES
Letramento Acadêmico. Decolonialidade. Alfabetizadores. Gêneros do discurso.
Este trabalho apresenta um estudo, fruto de mestrado em andamento, sobre a influência e importância do letramento acadêmico (LA) no desenvolvimento e produção escrita de licenciandos do curso de Licenciatura Integrada (UFPA). O LA de que tratamos diz respeito às formas de participações acadêmicas, escritas situadas, desenvolvidas por meio de leituras variadas e na interação social. A luz disso, o problema que conduziu a investigação: como desenvolver a escrita acadêmica de licenciandos frente às demandas de letramento crítico, alicerçado no tripé ensino-pesquisa-extensão? Para responder à questão, buscamos analisar as categorias de indícios de autoria, argumento de autoridade, apropriação de discursos presentes na escrita acadêmica. A metodologia é a pesquisa participante de abordagem colaborativa em diálogo com ponderações pautadas na perspectiva decolonial, por se interpretar as relações entre o ministrante, dispositivo didático (minicursos) e objetos de ensino. Tais direcionamentos fazem críticas contundentes à colonialidade do ser e da ciência dominante. Além disso, o fortalecimento de diálogo frente à educação popular dialógica, multicultural, conscientizadora dos que usam a (re)existência frente imposição dos valores eurocêntricos tradicionais dominantes. Para isso, as reflexões se embasaram em estudos de BAKHTIN (2020 [1950]), KLEIMAN, (2005), SOARES (2006), STREET (2014), WALSH (2009) entre outros. Os dados de pesquisa são artigos em processo de produção para eventos acadêmicos. Até o estágio da investigação, pode-se chegar à conclusão de: os licenciandos apresentaram dificuldades em relação ao que se espera de um artigo científico. Contudo, após a participação nos minicursos, os futuros alfabetizadores apresentam melhorias na escrita acadêmica, sobretudo, na etapa da reescrita, onde fazem os ajustes necessários e se apropriam do discurso científico.