O PENSAMENTO COMO CURA EM THOMAS O OBSCURO, DE MAURICE BLANCHOT
Não consta.
Esta tese busca, a partir da interpretação da segunda (2ª) versão da obra Thomas o Obscuro (2021), de Maurice Blanchot (1907-2003), publicada como romance em 1941, revisada e republicada como récit em 1950 pelo próprio autor, pesquisar o pensamento como cura na travessia das personagens. Dentro do ponto de vista ontológico desta pesquisa, o sentido existencial do ser, enquanto pre-sença, é a pro-cura, isto é, a cura. Enquanto cura, a pre-sença é o entre. É esse o movimento pelo qual percorre a obra, as personagens. Thomas o Obscuro é uma narrativa cujo tema central é a própria natureza do ser enquanto linguagem. Esta pesquisa tem como base os estudos críticos, teóricos, filosóficos de Blanchot, Castro, Heráclito, Deleuze, Heidegger, Harlingue, Nietzsche, entre outros. A obra possui temas que convergem para um centro narrativo (não-fixo, móvel, onde se concentra a ambiguidade) que se relaciona com as imagens-questões: do mar, da floresta, da caverna, da noite, da morte, além do diálogo com: o paradoxo, o fora, o neutro, o fragmentário, determinantes na composição literária da obra e do pensamento como cura, como entre. Trata-se, sobretudo, de uma obra que está sempre sendo experimentada em seus devires.