PAISAGEM: A CONSTRUÇÃO DO NOVO MUNDO EM TERRA NOSTRA DE CARLOS FUENTES
Paisagem; Novo Mundo; Romance histórico.
O texto cronístico construiu a paisagem do Novo Mundo, de acordo com os modelos europeus, resultando em uma imagem cheia de inferioridade, por exemplo, no que se refere às culturas, distinguindo-as entre “civilizada” e “selvagem”. Por sua vez, o romance histórico hispano-americano interpretou a história de acordo com as motivações e intenções de cada época e deflagrou uma perspectiva ideológica que buscava legitimidade e a criação de uma identidade nacional. Na busca por compreender a história americana para além da história “oficial”, contada pelo cronista, é que este trabalho objetiva pesquisar a construção da paisagem do Novo Mundo em Terra Nostra (1975) de Carlos Fuentes. A escolha do romance de Carlos Fuentes justifica-se, entre outras coisas, por apresentar a construção da paisagem do deste espaço dentro de uma perspectiva que se desdobra na formação da identidade hispano-americana. Para isso, desenvolveram-se estudos bibliográficos sobre os temas, utilizando-se autores como: Trevisan (2008) Guillén (1993), Collot (2013), Pellegrini (2013), Menton (1993), O’gorman (1992) e outros. A busca por uma identidade moveu os romancistas históricos a refletirem sobre a paisagem americana tendo como base, entre outros textos, o cronístico. O romance de Carlos Fuentes lançou um olhar crítico para a história e traduziu para a literatura o processo do encontro entre culturas. Então, o resultado deste trabalho buscou compreender a construção da paisagem na obra que se revelou um mosaico incrustado por questões essenciais que partiram da idealização do Novo Mundo pelo europeu, até o processo de formação da identidade americana.