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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARA SUENY DA COSTA REIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARA SUENY DA COSTA REIS
DATA: 28/08/2024
HORA: 10:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

ANÁLISE PERCEPTUAL DA VARIAÇÃO DAS VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS EM BELÉM DO PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

vogais médias pretônicas, variação, análise perceptual, dialeto belenense.


PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

As vogais médias pretônicas foram alvo das descrições acústicas realizadas por Costa e Cruz
(2014) e Costa (2015 e 2016) na variedade do português falada em Belém (PA), as quais
apontaram a necessidade da elaboração de um protocolo perceptual a fim de refinar a análise
dessas vogais. Nesse sentido, o presente trabalho visa analisar perceptualmente as variantes das
vogais médias pretônicas - /e/ e /o/ - faladas em Belém, validando os resultados dos estudos
acústicos prévios (COSTA; CRUZ, 2014; COSTA, 2015 e 2016). Com o intuito de alcançar tal
objetivo, foi constituído um corpus de 34 vocábulos, os mesmos indicados como portadores de
variação nas descrições acústicas. A partir disso, pelo software TTS MAKER, conversor de
texto-fala, foram gerados os estímulos para cada palavra do corpus, de forma que, cada um dos
vocábulos conta com 3 estímulos diferentes, os quais contemplam as variantes para cada vogal
alvo, sendo: para /e/, as variantes [i], [e] e [E]; para /o/, as variantes [u], [o] e [O]. Para o
experimento definitivo é prevista a amostra de 112 belenenses, juízes, sendo metade naives e
metade experts, estratificados em: i) sexo, ii) escolaridade - até o ensino médio incompleto,
superior, graduados em Letras/Português - e iii) faixa etária (18 a 30 anos e acima e 45 anos).
O protocolo construído conta com o total de 102 tarefas compostas por três perguntas: 1a) “As
três pronúncias são iguais ou diferentes?”, que objetiva a discriminação dos estímulos; 2a) “Com
que frequência você ouve essas pronúncias na região metropolitana?”, cuja intenção é averiguar
a produção das variantes e 3a) “Qual (is) dessas pronúncias você reconhece como típica(s) da
fala de Belém?”, cujo escopo verifica qual(is) variante(s) pertencem à fala belenense. Após
ouvirem os estímulos, os juízes irão julgar àquelas variantes que mais ouvem e que pertencem
ao dialeto belenense. A seguir da coleta dos dados, esses serão tratados com o uso do programa
estatístico R. Um teste piloto foi aplicado para verificação da eficiência deste protocolo
experimental. Para o teste piloto, selecionaram-se 48 tarefas relativas a 16 vocábulos dos 34
previstos para o experimento definitivo. O teste piloto foi aplicado a 10 juízes experts, ou seja,
todos graduados em letras. Uma vez o teste aplicado, foram realizados dois tratamentos
estatísticos sobre os dados coletados, sendo: i) correlação de Tau de Kendall e ii) coeficiente
Alfa de Cronbach, os quais têm o intuito a comprovação da viabilidade do experimento. Os
resultados dos testes estatísticos comprovaram, no teste de confiabilidade, Tau de Kendall, a
eficácia do experimento, ressaltando que os elementos que os compõem (estímulos e perguntas)
são precisos para medir a percepção das variantes das vogais médias, com intervalo de
confiança de 95%. Em relação ao reconhecimento de tipicidade, com o índice de kappa 0,0421,
a consistência do instrumento também foi validada. Além disso, os testes também apontam uma
sugestão de ajuste: a alteração da terceira questão para itens de resposta sim/não para cada
versão da variante, visando maior praticidade no registro, codificação e análise. Para este exame
de qualificação, serão apresentados os resultados do teste piloto.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO CARDOSO DA SILVA
Externo ao Programa - 1766027 - RAQUEL MARIA DA SILVA COSTA FURTADO
Presidente - 1153554 - REGINA CELIA FERNANDES CRUZ
Notícia cadastrada em: 12/08/2024 11:14
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