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Banca de DEFESA: HELEN COSTA COELHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELEN COSTA COELHO
DATA: 17/07/2024
HORA: 09:30
LOCAL: Online
TÍTULO:

DIVERSIDADE LEXICAL EM COMUNIDADES AFROAMAPAENSES: CONTORNOS DIATÓPICOS, DIASTRÁTICOS E DIARRELIGIOSOS


PALAVRAS-CHAVES:

Variação lexical. Dialetologia Pluridimensional. Comunidades Afro-amapaenses.


PÁGINAS: 226
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

Esta pesquisa tem como objetivo descrever e mapear a variação lexical do português falado em
comunidades afro-amapaenses, considerando os pressupostos da Dialetologia Pluridimensional
e Relacional (Thun, 1998; 2010). Para tanto, o estudo parte dos procedimentos estabelecidos
pelo método Geolinguístico. Foram selecionadas cinco comunidades afro-amapaenses,
considerando os seguintes critérios: a natureza histórica, a localização geográfica, densidade
demográfica e o desenvolvimento socioeconômico. As comunidades que compõem a rede de
pontos são: 1 - Mazagão Velho, 2 - Curiaú, 3 - Mel da Pedreira, 4 - Cunani e 5 - Kulumbu do
Patuazinho. A análise da pesquisa contemplou as seguintes dimensões extralinguísticas:
diatópica (localidades distintas), diastrática, com foco na variação diagenérica (GI = 1a geração
de 18 – 30 anos, GII = 2a geração acima de 50 anos) e na diassexual (masculino e feminino),
assim como na diarreligiosa (católico, evangélico e religião de matriz africana). O corpus foi
coletado por meio de questionários aplicados à quatro colaboradores por localidade, totalizando
20 falantes. De modo geral, os resultados apresentados são frutos da análise de dez cartas
lexicais e apontam evidências de que na dimensão diatópica itens lexicais como diabo, fantasma
e espírito se assemelham com o uso encontrado nos dados do Atlas Linguístico do Amapá e
Atlas Linguístico dos Karipuna do Amapá, que foi caracterizado como um contínuo regional
do léxico; com relação à dimensão diagenérica foi identificado certa mudança em progresso da
GII para a GI no uso de variantes dos itens benzedeira e presépio, pois considera-se que os
jovens tendem a ser mais inovadores no uso da língua. No que se refere à dimensão diassexual,
os dados apresentam as variantes rosário de Maria, coisa ruim e assombração como preferência
de uso entre os falantes do sexo feminino, assim como foi detectado lexias de uso específico na
fala do sexo masculino, tais como cruzeiro do sul, coroa de reis e demônio. Quanto à dimensão
diarrealigiosa confirmou-se a manutenção do léxico na perspectiva do cristianismo, em que o
léxico reflete influência da religião do colonizador europeu dentro dos contextos socioculturais
de comunidades de origem afro, onde muitas práticas religiosas são oriundas da doutrina cristã.
Por fim, os dados identificados nesta Tese evidenciam que o léxico falado em comunidades
afro-amapaenses é carregado de religiosidade do catolicismo popular e de ancestralidade
africana.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO CARLOS SANTANA DE SOUZA
Interno - 2303250 - CARLOS CERNADAS CARRERA
Externo à Instituição - MARCELO JACÓ KRUG
Externo ao Programa - 3087710 - MARCELO PIRES DIAS
Presidente - 1260863 - MARILUCIA DE OLIVEIRA CRAVO
Notícia cadastrada em: 18/06/2024 10:22
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