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Banca de DEFESA: TINAYRA TEYLLER ALVES COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TINAYRA TEYLLER ALVES COSTA
DATA: 16/05/2024
HORA: 09:00
LOCAL: on-line
TÍTULO:

AGRICULTURA DE CORTE E QUEIMA E A RESPOSTA DE PALMEIRAS EM UMA PAISAGEM ANTROPIZADA NA AMAZÔNIA ORIENTAL


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia, Incêndios florestais, Attalea, palmeiras, mosaicos florestais


PÁGINAS: 54
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
SUBÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

As florestas tropicais desempenham um papel crucial no controle climático, além de proverem outros serviços ecossistêmicos de relevância local como a oferta de produtos florestais para populações tradicionais. No entanto, estas florestas têm enfrentado níveis crescentes de degradação devido às atividades humanas, incluindo os incêndios florestais acidentais. Nesse contexto, algumas espécies de palmeira, especialmente aquelas do gênero Attalea, proliferam em habitats perturbados, enquanto outras são afetadas negativamente pela a criação de paisagens antrópicas, como as florestas sociais, o que deve afetar a dinâmica de regeneração e, talvez, a inflamabilidade da floresta, Neste contexto, esta dissertação examina a resposta das palmeiras ao estabelecimento de florestas sociais e à ocorrência de incêndios florestais acidentais, em uma floresta de terra firme na Resex Tapajós-Arapiuns, lesta da Amazonia. Basicamente as palmeiras foram inventarias em quatro habitats; floresta madura, floresta queimada, florestas em regeneração e roças ativas produzidas pela agricultura de corte-e-queima, totalizando 61 parcelas de 500 m2. Para examinar a contribuição do curuá (Attalea spectabilis), a palmeira mais abundante na paisagem) à inflamabilidade da floresta social, o folhiço oriundo das folhas desta palmeira e o folhiço do chão da floresta sem material de curuá (controle) foram caracterizados em relação a quatro atributos: 1) tempo de chama; 2) tempo de brasas e 3) altura da chama. Outros atributos foram analisados, como o conteúdo de massa seca, teor de umidade, teor de materiais voláteis, teor de cinzas e teor de carbono fixo, de forma a entender o padrão de inflamabilidade do curuá. Foram identificadas 10 espécies de palmeiras nos quatro hábitats, tanto palmeiras heliófilas (pioneiras), quanto espécies tolerantes à sombra típicas do sub-bosque da floresta. Ocorreu uma grande variação em termos de riqueza e abundância de palmeiras dentro e entre cada hábitat; em média duas espécies por habitat, mas sem diferença entre os habitats. Várias espécies não responderam a criação de habitats perturbados, mas as duas espécies de Attalea foram mais abundantes na roça e nas florestas queimadas em comparação com a floresta madura. A floresta madura pode conter 47,2 ± 96,5 folhas de curuá por 500 m2, enquanto a floresta queimada pode ter 399,7 ± 191,7 folhas, a roça 460,9 ± 450,8 folhas e as florestas secundárias podem conter 179,5 ± 225,6 folhas de curuá por 500 m2.  Estes números fornecem um indicativo do potencial do curuá adicionar material inflamável nos diferentes habitats da floresta social. O folhiço do curuá apresentou menor tempo de brasa, temperatura da chama e teor de carbono, mas um maior teor de voláteis. Nossos resultados indicam que as espécies de palmeiras respondem de forma diferencial a transformação da floresta madura de terra firme em floresta social e aos incêndios acidentais. Algumas espécies têm resposta neutra enquanto as espécies pioneiras de Attalea proliferam nos habitats perturbados, embora ocorra uma grande variação na frequência e na abundância destas espécies. Embora o curuá não apresente maior poder calorifico que o folhiço da floresta, esta espécie pode adicionar grande quantidade de material com baixo teor de carbono e alto teor de voláteis, o que permite uma ignição rápida e possivelmente a disseminação do fogo. A relação entre perturbações antrópicas, proliferação de espécies adaptadas as perturbações e a ocorrência/intensidade de incêndios florestais carecem de investigação adicionais, considerando à intensificação das perturbações, inclusive os extremos climáticos e os incêndios florestais associados.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 669.615.132-04 - CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA - UFRN
Presidente - 180.330.242-91 - IMA CELIA GUIMARAES VIEIRA - MPEG
Interno - 589.455.391-15 - JOICE NUNES FERREIRA - EMBRAPA
Externo à Instituição - MARIA FABIOLA GOMES DA SILVA DE BARROS
Notícia cadastrada em: 14/05/2024 14:54
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