AGRICULTURA NO ESTADO DO GRÃO-PARÁ E RIO NEGRO NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
Agricultura; Trabalhadores escravizados; Colonos; Grão-Pará e Rio Negro; Reformismo Ilustrado; Século XVIII.
Esse trabalho abordou reflexões acerca da agricultura no Estado do Grão-Pará e Rio Negro, no último quartel do século XVIII. Tendo a metrópole portuguesa, nesse período, vivenciado significativas experiências no campo do conhecimento científico, direcionado para a prática agrícola, especialmente por meio de pesquisas de campo e da produção dos memorialistas, no âmbito da Real Academia de Ciências de Lisboa, se tratou de realizar uma história social da agricultura, permeada pelos princípios do reformismo ilustrado português. Assim, dentro de uma perspectiva social, se analisou como a agricultura passou a ser tratada pelas autoridades políticas coloniais, como os governadores e ouvidores, e ainda as relações de trabalho estabelecidas entre os sujeitos que habitavam o universo colonial, como colonos, índios e africanos escravizados, e suas respectivas relações com esse setor econômico. A agricultura também foi abordada no interior das relações de índios, colonos e africanos escravizados em face às dificuldades impostas por uma realidade geográfica constituída por densas florestas e caudalosos rios que percorriam toda extensão do Estado. Foi também analisada a administração de D. Francisco Maurício de Sousa Coutinho, governador que tentou, ao longo de seu governo, promover a agricultura, elemento fundamental para os interesses econômicos da Coroa, orientados pelos parâmetros vigentes do reformismo ilustrado português desse período.