Festividades operárias: associativismo, conflitos e sociabiliades (Belém 1920-1945)
Festividades Operárias; Associativismo; Relações de Poder; Cultura; Militância.
A presente pesquisa ocupa-se do fazer das festividades operárias em Belém, Pará de 1920 a 1945, de forma a analisar como eram tecidas as sociabilidades condicionantes a estes festejos, na organização, realização, espaços utilizados e as motivações para tais acontecimentos, bem como, as influências dos sujeitos sociais que tomavam parte nestas celebrações: horda operária, associativismo operário, associativismo diverso, patronato e disposições estatais? Para tanto, recorreu-se à documentação alocada no APEP – Arquivo Público do Estado do Pará, como: memoriais, cartas, abaixo-assinados, requerimentos, ofícios, entre outros; no Centro de Memória da Amazônia – CMA, coletou-se 38 Estatutos de Associações da horda operária; em jornais alocados na hemeroteca da Fundação Cultural do Pará - FCPTN, como: O Estado do Pará, A Pirralha, O Imparcial, Diário da Tarde, A Crítica e Folha do Norte; e, no acervo eletrônico da Biblioteca Nacional: A União; Jornal Pequeno; O Estado do Pará; Gazeta de Notícias, entre outros; assim empreendeu-se análises à luz das premissas de BATALHA (1997; 2004; 2012), acerca da história do trabalho, e ainda, de THOMPSON (1987; 1981) e BARTH (2002), sobre as possibilidades inferir a cultura em dada conjuntura histórica. Neste texto inicial, apresentou-se as motivações e interesses envolvidos na organização e efetivação dos eventos festivos envoltos à horda operária de Belém, nas décadas de 1920 até a primeira metade do decênio de 1930 o que possibilitou constatar nestes, um tencionamento de forças atuando em meio ao lazer, a lógica organizacional e a militância da gente laboriosa: demandas políticas, controle social, alianças, parcerias, entre outros.