ÍNDIOS, AGENTES PÚBLICOS E AS TERRAS DO ALDEAMENTO DE SANTA TEREZA DO ALTO TOCANTINS (Província do Pará, décadas de 1840-1860)
aldeamentos; índios; Santa Tereza; cotidiano.
Torna-se nítido o crescimento de estudos a respeito dos aldeamentos indígenas do século XIX. Em virtude disso, esse trabalho pretende contribuir ainda mais com essas pesquisas, haja vista que se este se propõe analisar o aldeamento de Santa Tereza na Província do Pará, no período de 1840 a 1860. Cabe ressaltar que este foi considerado pelas autoridades como um dos aldeamentos mais prósperos do Alto Tocantins. Além disso, a investigação objetiva analisar as relações e conflitos que cercavam esse projeto de “Civilização Indígena”, produção agrícola e mão-de-obra. A dissertação teve como alicerce uma vasta documentação que constitui diversos aspectos a respeito de Santa Tereza, como também do projeto imperial como um todo. Entre as documentações utilizadas estão os Relatórios dos Presidentes de Província, os Anais da Câmara dos Deputados, as Correspondências dos Presidentes de Província e os Relatórios preenchidos pelos Capuchinhos dentro dos aldeamentos. Esses documentos representam um importante espaço de discussão em torno do assunto, nos permitindo perceber os resultados da política de implantação das colônias indígenas na província, bem como as diferentes percepções relacionadas ao tema. Salvo estes documentos, a pesquisa se respaldou de textos teóricos que abordam o tema aldeamento no que se refere ao âmbito nacional e regional, especificamente a área amazônica quanto ao surgimento dos povoados, a organização e o cotidiano da população desses lugares. Pode-se concluir que nos aldeamentos do Alto Tocantins, particularmente Santa Tereza, houveram vários conflitos entre índios, autoridades e missionários, de inúmeras ordens como religiosa, de costumes, de demarcação de terras e de aceitação. O que se faz necessário um maior número de estudos a respeito do assunto para que dessa forma haja uma compreensão melhor sobre o processo de aldeamentos indígenas no século XIX.