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Banca de QUALIFICAÇÃO: ELOAN GABRIEL RIBEIRO SERRÃO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELOAN GABRIEL RIBEIRO SERRÃO
DATA: 16/09/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Laboratório de História
TÍTULO:

A QUIMERA DAS LETRAS: O PROBLEMA DA TRADUÇÃO EM UM MANUSCRITO EM MANAO DO SETECENTOS


PALAVRAS-CHAVES:

Manao; Companhia de Jesus; evangelização indígena; Amazônia colonial


PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil Colônia
RESUMO:

O presente projeto trata acerca de um diálogo de doutrina escrito em língua manao (de família linguística Arawak) concebido na fazenda jesuítica de Gelboé em 1757. No contexto das missões religiosas na Amazônia, a partir do século XVII, dentre as várias ordens atuantes, a Companhia de Jesus se consolidou como a ordem missionária predominante. O expoente dessa agremiação, o padre Antônio Vieira, estabelece em seu Relato da Visita, os pontos necessários para o processo de evangelização a serem empregados pelos jesuítas para converter os ameríndios em caso de doença ou de morte. A doutrina manao é o único vestígio material dessa prática da Companhia ao conceber catecismos “breves” em línguas ‘tapuya’ (ou não tupi). Para tanto, investigaremos se o caso manao se configura como um possível desvio da política linguística ensejada pela Companhia de Jesus, num contexto de imposição da língua portuguesa pelas determinações do Diretório dos Índios, estabelecendo conexões com às legislações indigenistas espanholas, a exemplo das Reformas Bourbônicas, num contexto de disputas territoriais. Mais ainda, o modo como se deu a composição de um universo linguístico manao a partir dos horizontes dos autores da doutrina (jesuíta e intérprete manao), estabelecendo comparações com as listas lexicais de Johann von Spix e Johann Natterer no século XIX. Em outra frente, averiguaremos, a possibilidade de uma translação de uma lenda tupi coletada pelo etnólogo Curt Nimuendajú por Alfred Métraux, em seu relato do fim do mundo entre os Manaos. Através do diálogo de doutrina manao é perceptível a mediação intercultural. Notou-se que a comunicação entre missionários e indígenas demandava a intermediação da língua geral. O padre Vieira, expõe que os intérpretes ‘tapuyas’ deveriam ser “tupinizados” (ter domínio da língua geral) e que, sem eles, não seria possível fazer um catecismo tapuia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1153171 - DECIO MARCO ANTONIO DE ALENCAR GUZMAN
Externo à Instituição - JAQUELINE FERREIRA DA MOTA
Externo à Instituição - MARIA CANDIDA DRUMOND MENDES BARROS
Notícia cadastrada em: 20/08/2024 10:48
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