Caminhos fluviais e mobilidade: os rios Guaporé, Mamoré e Madeira e a rota entre o Mato Grosso e o Grão-Pará (séculos XVII e XVIII)
Mato Grosso; Estado do Grão-Pará; Séculos XVII e XVIII; Caminho Fluvial; Mobilidade
Em meados do século XVIII, os rios Guaporé, Mamoré e Madeira transformaram-se em um caminho fluvial utilizado para estabelecer a comunicação entre a Capitania do Mato Grosso e o Estado do Grão-Pará e Maranhão. A historiografia que analisou o assunto apontou, notadamente, a importância da coroa portuguesa na constituição desse caminho e a relevância das atividades comerciais para a sua consolidação. Embora esses eixos de reflexão sejam importantes, acredita-se que eles não são suficientes para analisar a composição desse caminho fluvial. Nesse sentido, esta tese argumenta que esse caminho foi constituído, também, a partir da mobilidade e interesse dos sujeitos que, em expedições, navegaram por esses rios e como esse deslocamento estava conectado a outras demandas e se constituía, igualmente, a partir da interação com o ambiente.