DA NÉVOA FLAMENGA À CLARIDADE TROPICAL: PERCURSOS E PINCEIS DE GEORGES WAMBACH NA AMAZÔNIA EM TEMPOS DE GUERRA E PAZ (1939 – 1965)
Georges Wambach – Aby Warburg – Arte – Pintor Andarilho
Esta tese tem como finalidade pensar a narrativa tecida por meio das telas de Georges Wambach, o “pintor andarilho”, sobre sua vida e carreira quando de sua passagem em solo brasileiro, destacando sua estada em Belém. O recorte cronológico adotado se inicia com a chegada do artista no país, em 1935, até o ano de seu falecimento em 1965. As imagens – tomadas como objeto central e principal documentação – produzidas por ele (e sobre ele), não se apresentam em um percurso linear e estritamente cronológico, foram traçando o caminho e as problematizações sugeridas ao longo da pesquisa. O Atlas Mnemosyne, desenvolvido por Aby Warburg, serviu como referência para analisar as possibilidades que o tema ofereceria, dessa maneira, as imagens são tomadas como dotadas de significados e representações, conectando-se entre si e contando uma história que, com o apoio da literatura e dos jornais da época, além da documentação do poder público, permitiram o acompanhamento da recepção dos trabalhos de Georges Wambach, de seus jogos de interesses, de suas relações e das tensões desenvolvidas ao longo de sua trajetória no Brasil e na Amazônia.