REESTRUTURAÇÃO E CONSUMO DO ESPAÇO NA METRÓPOLE: UMA
ANÁLISE DA CENTRALIDADE URBANA NA AVENIDA AUGUSTO
MONTENEGRO, BELÉM-PA
Reestruturação da cidade. Espaço Urbano. Centro e centralidade urbana. Belém.
Os processos de reestruturação da cidade, emanados das novas centralidades a partir de equipamentos urbanos de grande impacto tem sido alvo de muitos estudos recentes. Dentro dessa perspectiva, a cidade de Belém- PA, nos últimos anos, passou por reconfigurações nas estruturas territoriais como resultado do processo de dispersão metropolitana e avanço de novos agentes produtores do espaço urbano, contribuindo para a indução de novas formas de uso e ocupação do solo urbano. Cabe aqui destacar o papel que vem exercendo a Avenida Augusto Montenegro, como espaço de produção e consumo vinculado a ações do Estado, dos agentes sociais excluídos, e finalmente, mas não menos importante, as ações de novos agentes econômicos associados à territorialização do capital, dentre os quais destaca-se o imobiliário financeirizado. A Motivação deste trabalho se deu em virtude das observações feitas sobre as recentes modificações vindas a partir das construtoras e imobiliárias instaladas na referida avenida, estas que visam a implantação de serviços, comércio e a produção de moradias em condomínios fechados, ou seja, exercem uma direta atuação no processo de reestruturação do espaço urbano, interferindo tanto nas relações espaciais. O objetivo desta pesquisa é analisar como vem se configurando a centralidade urbana na Avenida Augusto Montenegro, a partir das atividades de comércio e serviços, diante do contexto da densificação dos circuitos da economia urbana, de avanço do imobiliário financeirizado e da reestruturação da cidade de Belém a partir dos anos de 2000. A metodologia adotada consistiu em uma abordagem do método dialético de maneira, que permite investigar as contradições na produção do espaço construído. Do ponto de vista dos procedimentos metodológicos, realizou-se pesquisa qualitativa com levantamento e análise bibliográfica, levantamento e análise documental, observações sistemáticas qualitativas, produção cartográfica, registros fotográficos, aplicação de questionários e entrevistas semi-estruturadas para entender as diversas faces da reestruturação no perímetro estudado.