A METAMORFOSE METROPOLITANA: desigualdade socioespacial e violência urbana em assentamentos precários ao longo da área de expansão metropolitana,
Belém- PA
Desigualdade socioespacial, Metropolização do espaço, Violência urbana, Assentamentos precários.
As grandes metrópoles e cidades mundiais vêm passando por um acelerado processo de complexificação urbana, “fruto” de processos de urbanização capitalista, de reestruturação urbana (SOJA, 1993), reestruturação de cidades (SPOSITO, 2004), mundialização do capital e da “urbanização planetária” (MERRIFIELD, 2013; BRENNER; SCHMID, 2012) e do “neoliberalized urban order” (BRENNER; THEODORE, 2005, p. 10). Esse cenário-processo entrelaça-se ao que aduz Smith (1988) de que os “padrões e processos gerais que engendram as desigualdades geográficas do desenvolvimento capitalista”. E dentro desse emaranhado de dinâmicas e padrões emerge a questão da desigualdade socioespacial, e tem como perspectiva crescente a produção da violência urbana, predominantemente, em áreas com os piores indicies de qualidade urbana enquanto parte do processo (contraditório) de produção do espaço urbano e reprodução das relações sociais (CARLOS, 2018), já que a “essência”/natureza da desigualdade socioespacial e violência urbana encontra-se no próprio processo de urbanização. Pensando a cidade de Belém, esse cenário apresenta-se como repetição em que os espaços de assentamentos precários são expressão da produção desigual do espaço urbano. Desse modo, buscamos analisar como vem se produzindo (e/ou se expandindo) processos de desigualdades socioespaciais e sua correlação com a violência urbana, em assentamentos precários em um dos eixos de expansão metropolitana de Belém, Pará, a partir de 2000. Esse estudo tem como caminho teórico metodológico a produção do espaço a qual nos permite dialogar com os conceitos protagonistas da pesquisa, tais como, desigualdade socioespacial, violência urbana, território e metropolização do espaço.