ESPACIALIDADES DO PATRIMÔNIO NATURAL NA AMAZÔNIA: Produção do Espaço em Cotijuba, Belém-Pará.
Produção social do espaço. Patrimônio Natural. Metropolização. Turismo. Ilha de Cotijuba (PA).
Este trabalho tece uma discussão entre o conceito de patrimônio natural produzido por Scifone (2006) e a produção do espaço social de Lefebvre (1974) tendo como área de estudo uma ilha amazônica representada por Cotijuba em Belém do Pará. O objetivo geral é de analisar a produção e reprodução do espaço do patrimônio natural na ilha de Cotijuba, atentando para as possíveis modificações no uso e ocupação do solo aferidas pelo produto da expansão do tecido urbano da metrópole. Para tanto utilizou-se os seguintes procedimentos metodológicos: a) revisão bibliográfica de temas como a geografia urbana e geografia da Amazônia para fazer uma discussão coerente entre a questão rural - urbano, a formação territorial de Belém; b) revisão bibliográfica a respeito de conceitos, temas e teorias, a saber: patrimônio natural, patrimônio cultural e produção social do espaço; c) revisão bibliográfica de caráter histórico-geográfico sobre a área de estudo em questão; d) levantamentos documental sobre a ilha de Cotijuba e informações de Belém relacionados também a ilha; e) Entrevistas semiestruturadas que ocorreram associadas aos trabalhos de campo, realizadas com agentes chaves os quais foram selecionados na pesquisa, a saber: representantes da comunidade de Cotijuba, visitantes externos e poder público; f) observação sistemática de campo e registro fotográfico sobre os modos de apropriação e usos da ilha, sua organização social no cotidiano e dessa forma, sua reprodução social no espaço; g) análise e sistematização das informações e resultados e redação da dissertação. Como resultado, pode-se perceber que a produção do espaço em Cotijuba, como patrimônio natural não patrimonializado, contempla questões diretamente ligadas às atividades turísticas ali realizadas, a intervenção do poder público e a organização da comunidade local. Como como espaço de vivencia de antigos agricultores da colônia reformatória, migrantes de outras ilhas, da periferia de Belém, e donos de casas de veraneio, a ilha carece urgentemente de um ordenamento territorial que leve em conta seu patrimônio natural não esquecendo da necessidade de desenvolvimento socioespacial para seus moradores.