FRAGMENTAÇÃO SOCIOESPACIAL E OS TERRITÓRIOS INSULARES: PRÁTICAS ESPACIAIS DA COMUNIDADE DE JOÃO PILATOS, PORÇÃO INSULAR NORTE DE ANANINDEUA, PARÁ.
Urbanização; Reestruturação Urbana; Fragmentação Socioespacial; Práticas Espaciais; Cartografia Participativa.
O território amazônico vem passando por profundas transformações no início do século XXI. Tais transformações estão vinculadas aos novos nexos da globalização fragmentária e intensificação das desigualdades socioespaciais nas periferias de pequenas, médias e grandes cidades. Dado o processo de formação dessa região, onde caracteriza-se pela vulnerabilidade socioeconômica e possui o seu mosaico constituído por uma diversidade de grupos étnicos, a cidade de Ananindeua surge como resultado dessas relações sociais contraditórias à produção capitalista do espaço, a partir de sucessivas, complexas e diversas práticas espaciais. À luz disso, ressaltamos a seguinte problemática central: Como vêm se dando as práticas espaciais da comunidade de João Pilatos na ilha de João Pilatos, face à fragmentação socioespacial metropolitana, na porção territorial norte do município de Ananindeua a partir dos anos 2000. Portanto, o objetivo desta pesquisa é analisar as práticas espaciais da comunidade de João Pilatos na ilha de João Pilatos, face à fragmentação socioespacial metropolitana, na porção territorial norte do município de Ananindeua a partir dos anos 2000. A pesquisa aqui apresentada terá como escopo teórico-metodológico as concepções de Práticas espaciais, Território e Fragmentação socioespacial. Para além disso, para os procedimentos metodológicos, realizamos abordagens de caráter qualitativo, a produção cartográfica, trabalho de campo com observações sistematizadas, entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos. A análise é interescalar, visto que, a pesquisa leva em conta a compreensão das práticas espaciais e das relações sociais, econômicas, políticas e culturais estabelecidas no território. Além disso, utilizamos como estratégia a tipologia de pesquisa é o estudo de caso. Dessa forma, a presente dissertação se justifica pela necessidade de compreender e refletir sobre como tem se caracterizado as práticas espaciais, diante das transformações urbanas progressivas ocasionadas nas últimas décadas provocadas pela fragmentação socioespacial, além de vislumbrar o produto de tal fenômeno no cotidiano das comunidades ribeirinhas. Do ponto de vista prático, o presente trabalho permitirá subsidiar a sociedade local, principalmente, e o poder público para que se possa dialogar através de informações relevantes para se pensar sobre futuras atividades relacionadas às comunidades insulares e não insulares da periferia de Belém.