Adoecimento das Profissionais Atuantes na Segurança Pública do Estado do Pará
Doenças; Transtornos mentais e Comportamentais; Síndrome de Burnout.
Introdução: A segurança pública no Brasil, em especial no estado do Pará, enfrenta desafios complexos e multifacetados, impactando diretamente a vida dos profissionais que atuam nesse setor. Entre esses profissionais, as mulheres desempenham um papel crucial, embora frequentemente lidem com obstáculos adicionais relacionados ao gênero. Objetivo: Este estudo tem como objetivo explorar e compreender as condições de trabalho e de saúde das mulheres atuantes na segurança pública do Pará, analisando aspectos físicos, mentais e psicossociais que influenciam seu bem-estar e desempenho profissional. Método: Trata-se de pesquisa de natureza quantitativa, do tipo exploratória e descritiva, por meio do procedimento técnico de levantamento (questionário online) e documental por revisão integrativa da literatura anteriormente produzida sobre a temática. Resultados: Verificou-se a prevalência elevada de doenças relacionadas a transtornos mentais e comportamentais, inclusive com graus elevados indicativos dos estágios inciais da Síndrome de Burnout (60,55%). Especificamente sobre a condição de gênero, destaca-se que 81,65% das mulheres relataram ter sentido preconceito de gênero no ambiente de trabalho e 69,72% das mulheres sentem-se preteridas no trabalho por serem mulheres. Por sua vez, a revisão integrativa constatou a carência de produção acadêmica envolvendo a temática do adoecimento, notadamente com enfoque nas especificidades da condição de gênero. Conclusão: A pesquisa realizada sobre as condições de saúde e bem-estar das mulheres no sistema de Segurança Pública do Pará revela um cenário complexo e multifacetado, sendo que os dados indicam que os transtornos mentais, como depressão, ansiedade e estresse, são prevalentes na população pesquisada, destacando a necessidade urgente de intervenções voltadas para a saúde mental dessas profissionais.