Estratégias de enfrentamento a violência sexual contra crianças e adolescentes na Região Metropolitana de Belém.
Crimes contra a dignidade sexual; Infantojuvenil; Perfil das vítimas; Rede de proteção.
Introdução/Importância: Os crimes contra a dignidade sexual da criança e do adolescente são um grave problema social e comunitário que necessita de estratégias de enfrentamento que fortaleçam a atuação da rede de proteção e o protagonismo infantojuvenil. Objetivo: Desenvolver estratégias de enfrentamento à Violência Sexual Contra Criança e Adolescente a partir da identificação do perfil das vítimas, dos agressores e das condutas que configuram crimes. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo realizado na Região Metropolitana de Belém, de caráter descritivo, se utilizando do procedimento técnico documental, por meio da utilização de fontes materiais escritas e não escritas para analisar os dados fornecidos pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal, e de natureza aplicada. Principais Resultados: O crime com maior quantitativo de registros é o estupro de vulnerável, seguido do estupro, e da importunação. As vítimas predominantes são as meninas, pardas, com ensino fundamental incompleto, agredidas na própria residência, estando mais vulneráveis na faixa etária de 12 a 14 anos. O agressor prevalente é o homem, na faixa etária de 30 a 39 anos, com ocupação definida, conhecido da vítima, tratando-se de pais ou padrastos em 35,65% crimes. Os dados atestam violência intergeracional e de gênero. O Ministério Público, órgão defensor dos direitos infantojuvenil, deve articular com a rede de proteção discussão sobre os achados, principalmente no espaço escolar, afastando os mitos e tabus, fomentando a abordagem do tema de forma transversal com os discentes. Conclusão: Estudos sobre estratégias de enfrentamento a VSCA são poucos no meio acadêmico por isso importante trazer registros científicos que corroborem para sociedade e principalmente para os profissionais da educação identificarem e notificarem as violências e informarem crianças e adolescente sobre autoproteção e direitos humanos para que tenham mais oportunidade de defesa e desde cedo combatam
comportamentos discriminatórios fomentando uma cultura de paz.