O Imaginário Social de Violência Escolar em Belém-Pa: entre narrativas midiáticas e o contexto escolar
Violência Escolar. Imaginário. Mídia.
O presente trabalho investiga o imaginário social da violência escolar em Belém-Pa, a partir de suas interfaces entre as narrativas midiáticas e o contexto escolar. Ante tal iniciativa, aponta-se como questão norteadora do estudo, saber: Que relações se estabelecem entre o imaginário social de violência escolar midiatizado e a experiência dos escolares com o fenômeno? Com o objetivo de: a) Situar o que consubstancia o imaginário corrente da violência escolar midiatizado; b) Identificar os discursos produzidos pelos escolares, acerca da violência escolar; c) Ressaltar possíveis relações entre a narrativa midiática e a experiência com o fenômeno no contexto escolar, para a conformação de um imaginário social de violência escolar em Belém-Pa. E, ao conjugar esforços dos pressupostos da pesquisa documental e de campo, o corpus da pesquisa constitui-se de matérias representativas do fenômeno da violência escolar, nos jornais digitalizados “O Liberal” e “Diário do Pará”, no período de 2011-2013. Cuja análise dar-se-á à luz da hermenêutica dialógico-compreensiva em conjunto com aportes epistemológicos próprios do campo dos estudos do imaginário. A partir desta empreitada, percebemos que o espaço escolar dialoga com as narrativas midiáticas, no que diz respeito à personificação da violência na figura do aluno-pobre-de periferia, das ações policiais e policialescas para a contenção da violência escolar e ou do aluno-pobre-de periferia que assim, criminaliza-se socialmente, e cuja família sempre “desestruturada” colabora para sua gênese perigosa e potencialmente criminosa; e ainda, sobre a vitimização exclusiva dos professores em consequência de uma suposta perda de autoridade. Pelo que buscamos problematizar e convidar-nos ao comprometimento ético ante constituições sócio-imaginárias.