“COMO NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE PAÍS”: Uma análise do lulismo enquanto afinidade pessoal pós governos Lula (2011 à 2022)
Lulismo; comportamento político; afinidade política.
Após três tentativas frustradas, Luís Inácio Lula da Silva foi eleito presidente da República em
2002. De maneira surpreendente, termina seu primeiro mandato presidencial com 55% de
aprovação e, o segundo mandato presidencial, com 83% de aprovação pessoal (IBOPE, 2010).
Com isso, André Singer cunhou o termo ‘lulismo’ para nomear o fenômeno político ocorrido
nas eleições presidenciais de 2006, onde identifica-se um possível realinhamento ideológico
eleitoral. A literatura especializada tem discutido, ao longo dos últimos anos, novas análises e
reverberações do tema no estudo do comportamento político. Este presente trabalho, a fim de
avançar com a compreensão sobre o tema, apresenta a existência do lulismo em um novo marco
temporal: após os mandatos presidenciais de Lula (2011 – 2022). Pretende-se conceituar o
termo a partir de condicionantes fora da esfera eleitoral, apresentando uma nova possibilidade
de medir o lulismo a partir da afinidade pessoal com a figura de Lula. Para isso, utiliza-se
metodologicamente de variáveis dependentes e independentes para analisar os bancos de dados
surveys, cujos resultados serão desenvolvidos ao decorrer da pesquisa.