Jovens e Eleições em Moçambique: Análise comparativa dos factores determinantes da abstenção eleitoral de jovens das universidades públicas vs privadas.
Eleições, Abstenção eleitoral, Condicionantes, Jovens
Moçambique conheceu uma nova fase na sua história a partir da década de 90 do século passado. Primeiro, com a aprovação da primeira Constituição multipartidária em 1990 e dois anos depois, em 1992, a assinatura do Acordo Geral da Paz em Roma, que pós fim à guerra civil entre o Movimento Rebelde Renamo e o Governo Marxista-Leninista da Frelimo. Os anos que se seguiram ao acordo de Paz foram de implementação da paz e reconciliação e estabelecimento de base para a realização das eleições fundadoras da democracia moçambicana em 1994. Desinteresse pela política, a desconfiança em relação aos políticos e a ideia de que o voto não tem nenhum efeito resultou nas crescentes taxas de abstenção eleitoral que se verificam em Moçambique; que já é um problema sério para a democracia eleitoral moçambicana desde as eleições de 2004 até a atualidade, sobretudo na camada juvenil. Isto faz com que seja imperioso estudar os condicionantes da abstenção eleitoral com principal foco nos jovens das universidades públicas vs privadas. Identificar o perfil dos abstencionistas de forma relativamente precisa, e, explorar as principais razões que os levam a não participar nos processos eleitorais, em Moçambique, entre homens e mulheres com idade entre 18 e 25 anos, na perspetiva da teoria da abstenção eleitoral, utilizando técnicas como a entrevista, inquéritos e consulta da literatura para coleta de informações para explicar os principais motivos do abstencionismo.