“A nossa escola já é a nossa aldeia”: o processo de construção política de implementação da educação escolar indígena nas aldeias Jeju e Areal
educação escolar indígena; narrativas; aspecto social interétnico; etnografia; construção política indigenista; atividades educacionais.
Esta pesquisa foi desenvolvida a partir das discussões feitas com o meu povo Tembé Tenetehar de Santa Maria do Pará nas aldeias Jeju e Areal. Seu propósito é construir uma pesquisa participativa, qualitativa, etnográfica e de campo com os meus parentes. As mudanças sociais, econômica, religiosa e política, moldam um aspecto social interétnico, juntamente com a sociedade ocidental. E essa relação social entre o Karaiw e nosso povo Tembé, configuram um determinado meio de sociabilidade e de demanda política, e com ela a educação escolar e a educação escolar indígena, essas são as categorias elencadas dentro da pesquisa, na qual, tratará de desenvolver uma discussão seguindo a trajetória de luta dentro da perspectiva de construção política indigenista de implementação educacional do nosso povo, onde os parentes colaborarão com suas narrativas de percepção que possuem sobre a educação escolar indígena que queremos, e sua importância para a resistência do nosso povo, considerando o processo de socialização e equilíbrio entre ambos, sociedade não indígena e povos indígenas. A estrutura desta pesquisa é uma etnografia, onde os interlocutores transmitem suas narrativas que possibilitam reunir os dados necessários, bem como a transcrição de documentos e mídias da pesquisa de campo. Os instrumentos usados para esta pesquisa são: os documentos dos arquivos da Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Pará; as decisões tomadas na audiência com o Ministério Público Federal (MPF) que traz em inédito a tramitação do Inquérito Civil Público da construção das duas escolas nas duas aleias; a Conferência de Educação Escolar Indígena Local das Aldeias Jeju e Areal e Regional e as reuniões extraordinárias das lideranças indígenas, esses instrumentos usados, serão fontes de embasamento para o diálogo sob a sustentação bibliográfica levantada. Por fim, a pesquisa faz uma mostra das atividades educacionais Tembé, executadas pelos próprios parentes como forma de resistência cultural, onde o denominamos como Ensino Intercultural Tembé (ENSITE).