Bom para comer, bom para pensar: Políticas públicas, segurança alimentar, nutrição e saúde de populações quilombolas na Amazônia paraense
Bioantropologia; Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); Saúde da População Negra; Vulnerabilidade.
Os debates internacionais sobre segurança alimentar e nutricional (SAN) têm enfatizado que a má nutrição ainda é problema central na vida moderna. No Brasil, soma-se uma série de descontinuidades na agenda governamental de SAN e poucos resultados sociais concretos quando referidos a povos e comunidades tradicionais, em especial populações rurais afrodescendentes (quilombolas). Objetivo: Neste estudo, se pretende analisar como o consumo de alimentos se relaciona com a segurança alimentar, nutrição e saúde de populações quilombolas da Amazônia paraense, Brasil. Adentrando na política nacional de segurança alimentar e nutricional (PNSAN), o trabalho analisará ainda as estratégias institucionais para solucionar a questão da malnutrição entre estes grupos. Método: O estudo utiliza a abordagem bioantropológica a partir de dados socioeconômicos, alimentares, nutricionais e de saúde de seis grupos quilombolas paraenses – Abacatal; África; Laranjituba; Mangueiras; Mola; e Santo Antônio. Serão utilizados dados referentes ao estado nutricional – indicadores peso/idade (P/I), estatura/idade (E/I), peso/estatura (P/E) e o Índice de Massa Corporal/idade (IMC/I); ao diagnóstico médico e exames clínicos/bioquímicos; ao consumo alimentar baseado no R24h, além de uma análise da PNSAN desde suas origens até sua potencial aplicabilidade para populações quilombolas. Resultado esperado: Visando colaborar com as comunidades tradicionais da Amazônia, pretende-se com esta investigação analisar a adequação e o impacto das políticas públicas de SAN para a redução das desigualdades entre os grupos vulneráveis brasileiros.