Contribuição dos Fatores Moleculares e Ambientais na Incidência de Hipertensão Arterial em Populações Vulneráveis
hipertensão arterial, afrodescentes, grupo étnico, genética, estilo de vida, fatores ambientais.
Atualmente, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada caso de saúde pública e por este motivo deve ser prioridade na atenção básica. Suas causas primárias são incógnitas, porém sabe-se que ela é multifatorial e multigênica. A literatura propõe que a HAS é mais freqüente em indivíduos afrodescendentes que em europeus (Kimura 2010), e de igual forma, as complicações da hipertensão arterial também podem ocorrer mais freqüentemente em afrodescendentes do que na população em geral, acarretando maior morbimortalidade em indivíduos deste grupo étnico. No Brasil, a HAS é considerada a primeira causa isolada de aposentadoria (19%) e, a segunda maior causa de internação após a insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Portanto, populações que apresentam importante contribuição de genes africanos tem predisposição ao mecanismo de hipertensão arterial assim como de suas complicações (Silva e Moura 2011). A HAS é consequência direta da disfunção dos sistemas de controle da pressão arterial, assim como, das interações com os diferentes fatores ambientais e genéticos. A genética compreende os mecanismos que garantem semelhanças aqueles que dividem ancestralidade ou parentesco, assim, por meio da genética, irmãos, pais e filhos e descendentes apresentam, entre si, maior similaridade do que entre pessoas não relacionadas. Em países continentais como o Brasil, é possível que investimentos na prevenção primária, em nível populacional, revertam em melhores benefícios, contribuindo na redução da prevalência da hipertensão arterial e demais fatores de risco relacionados ao estilo de vida. Desta forma, o presente estudo pretende investigar a influência dos fatores ambientais e genéticos, no mecanismo de equilíbrio da pressão arterial, assim como o estilo de vida de amostras da população do Estado do Pará e suas interferências no aumento e agravamento da HAS.