“Quando o trem passa e o vestígio fica: o patrimônio ferroviário na Amazônia”
Patrimônio Ferroviário, Vila Operária de Marituba, Caixa d'água, Cultura Material.
Como um fenômeno da recém-urbanidade, as locomotivas a vapor modificaram o imaginário em diversas instâncias. No Brasil, essas ferrovias foram promovidas através da pressão externa capitalista, porém o fato inegável foi o poder de mobilizar e criar cidades que os trens tinham. Esse foi o caso da Vila Operária de Marituba, no estado do Pará, que surge em função da Estrada de Ferro de Bragança (EFB). Desse passado, restaram vestígios, dentre eles um superartefato que é utilizado ainda hoje como um ponto referencial na cidade. Dessa maneira, a presente pesquisa objetiva investigar essas relações patrimoniais em dois artigos. No primeiro busco na categoria maior do patrimônio ferroviário, EFB e região Norte o imaginário do preservar e o deixar ruir. Já no segundo artigo, trabalho as vozes e lembranças de uma Caixa d'água remanescente do período da Vila Operária, para assim estabelecer sua biografia. Como resultados, obtenho que o patrimônio ferroviário é polifônico e as relações entre pessoas e as coisas em Marituba se desdobram de maneira política e giram em torno de inventar identidades.