Arqueologia urbana no centro histórico de Belém: o edifício dos Mercedários e a expansão urbana do bairro da Campina.
Mercedários; Arqueologia Urbana; Cidade
A pesquisa discorre sobre o edifício dos Mercedários e a expansão da cidade de Belém do ponto de vista da arqueologia urbana nos centros históricos. Por meio de levantamentos em fontes documentais escritas e iconográficas que retratavam Belém do século XVII ao XIX são correlacionados aspectos históricos e arquitetônicos da construção, demonstrando o crescimento da área urbana no seu entorno. Para além do que podemos encontrar nessas fontes, realizou-se a investigação arqueológica, iniciada pela metodologia geofísica e seguida pelo acompanhamento das obras que ocorriam no espaço, sendo evidenciado, nesse processo, os vestígios da cultura material escondida no subsolo do edifício, gerando novas possibilidades de estudo para a história da cidade e seus habitantes. Nas entrevistas com alguns frequentadores do edifício são abordados aspectos do cotidiano da relação desse superartefato com as pessoas na contemporaneidade. Atualmente o prédio é um dos campus da UFPA, onde funcionam o Curso de Graduação em Conservação e Restauro e o Programa de Pós-Graduação em Ciências do Patrimônio. No século XVII foi fundado como um convento da Ordem dos Mercedários, a partir do final do século XVIII passou a funcionar como Alfândega de Belém, abrigando concomitantemente e posteriormente, entre outras instituições. Seus quase 400 anos nos contam sobre a Ordem Mercedária na capital, sobre Belém, no que tange como foi dado historicamente seu crescimento urbano nos arredores e costumes de consumo, e sobre os frequentadores do edifício, ontem e hoje.