Bioarqueologia Maracá: do mundo dos mortos ao mundo dos vivos
Maracá, Bioarqueologia, Osteoarqueologia, Amazônia.
O estudo bioarqueológico aqui proposto e que será qualificado refere-se à exposição dos materiais e métodos utilizados no andamento da Tese, a apresentação do histórico das pesquisas relacionadas ao material arqueológico Maracá, bem como as primeiras impressões sobre a análise dessas populações no decorrer da pesquisa. A abordagem empregada tenta fornecer indícios sobre aspectos biológicos e culturais a partir do estudo de remanescentes ósseos que compõem a maior coleção osteológica Maracá existente, abrigados na reserva técnica de Arqueologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). É assim que, analisando os materiais osteológicos ainda não estudados e revisando outros já analisados, pretende-se contribuir com análises mais específicas sobre o conteúdo das urnas Maracá e o contexto interpretativo das ações mortuárias, em consequência, contrariar a tese de certa forma injustificada sobre a não conservação de vestígios biológicos em contextos arqueológicos Amazônicos. Tendo como norte a contribuição entre campos disciplinares e olhares diferenciados sobre as práticas mortuárias Maracá e levando em conta que os vestígios osteológicos são a “expressão física” do ato ritualizado da morte, vislumbra-se não somente criar um estudo em osteoarqueologia para a área, mas em especial dar visibilidade aos estudos funerários na Amazônia e a cultura Maracá.