Contribuição dos Fatores Moleculares e Ambientais na Incidência de Hipertensão Arterial em Populações Vulnerabilizadas
hipertensão arterial, afrodescendentes, grupo étnico, genética, estilo de vida, fatores ambientais
Atualmente, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada caso de saúde pública e por este motivo deve ser prioridade na atenção básica. Suas causas primárias são desconhecidas, porém sabe-se que ela é multifatorial e multigênica. Na literatura vários autores propõe que a HAS é mais freqüente em indivíduos afrodescendentes que em europeus, e de igual forma, as complicações da hipertensão arterial também podem ocorrer mais freqüentemente em afrodescendentes do que na população em geral, acarretando maior morbimortalidade em indivíduos deste grupo étnico. O estudo realizado foi quantitavivo e qualitativo, com 1000 individuos, em vinte e seis comunidades quilombolas, em oito municipios do estado do Pará. Desta forma, investigamos a influência dos fatores ambientais e genéticos, no mecanismo de equilíbrio da pressão arterial, assim como o estilo de vida de amostras da população do estado do Pará e suas interferências no aumento e agravamento da HAS. Os resultados demonstraram como é a saúde dos quilombolas moradores destas comunidades. Os hábitos ocidentais chegaram nessas localidades, como os alimentos enlatados e embutidos. O excesso de peso, aumento da circunferência abdominal, predominância no consumo de frituras, gorduras, massas, bebidas açucaradas, diminuição na ingesta de frutas, verduras e legumes, etilismo, falta de conhecimento sobre a pressão arterial associadas ao desmazelo da assistência à saúde, por parte dos governantes, os tornam vulneráveis a hipertensão arterial, a importância da implementação de políticas públicas de saúde para que essas comunidades sejam melhor assistidas em toda a sua integralidade.