Modelo preditivo e espaços Arqueológicos: metodologias e usos na Amazônia
Arqueologia amazônica, modelos preditivos, patrimônio cultural material
A presente tese aborda as discussões metodológicas referentes às modelagens de dados espaciais de sítios arqueológicos, utilizando o conceito de modelo preditivo. São apresentados os resultados alcançados nas regiões do baixo curso dos rios Nhamundá-Trombetas, da Serra de Carajás e do baixo rio Tocantins, situadas no Estado do Pará, Brasil, demonstrando que o conceito de modelo arqueológico preditivo permanece o mesmo desde a sua origem, mas os métodos de sua construção e aplicabilidade são constantemente aprimorados, fato que pode ser explicado devido este ramo da arqueologia estar atrelado a programas de computador e novas tecnologias. Sua utilização tem adquirido cada vez mais importância como ferramenta de gestão e de proteção ao patrimônio histórico e arqueológico, porque através de seus mapas hipotéticos são descritas as áreas com elevados potenciais de ocorrência de novos sítios, servindo de guia para pesquisas de campo, otimizando tempo e recursos em prospecções arqueológicas, e permitindo que empreendedores públicos ou privados, avaliem possíveis impactos ao patrimônio cultural da União. Os resultados da pesquisa apontam que para a elaboração e uso de modelos arqueológicos preditivos na Amazônia, devem ser consideradas as características de cada complexo arqueológico e o local em estudo, observando a diversidade de antigos grupos indígenas ao longo dos rios da Amazônia e, por conseguinte, das diversas formas e escolhas de se ocupar o espaço.