Ponto de Memória: experiências etnográficas no museu diferente de Terra Firme, Belém-Pa
Terra Firme. Ponto de Memória. Museus Comunitários.
Essa pesquisa é uma etnografia sobre o processo de construção coletiva de um Museu Comunitário no bairro da Terra Firme, Belém-Pa. O bairro localizado na chamada “periferia” de Belém, começou a ser formado no fim dos anos de 1960, através de um processo de urbanização em terras da União destinadas à Universidade Federal do Pará. Devido o descaso do poder público, os moradores são motivados pelas suas necessidades a traçarem estratégias políticas a fim de garantirem direitos básicos, como saúde, educação e moradia digna. Em meio a esse processo, surge, em 2009, a iniciativa comunitária Ponto de Memória da Terra Firme que adota a museologia social como principal ação transformadora no bairro. Desse modo, procura-se compreender porque e para que serve um museu no bairro e qual a representação de museu proposta pelo Ponto de Memória da Terra Firme e, ainda, se o Ponto de Memória é um espaço de representação do morador. Por meio da teoria antropológica e do fazer etnográfico narro minhas vivências, percepções, impressões durante o convívio com os sujeitos do Ponto de Memória da Terra Firme, bem como recordando experiências vividas por mim em outros momentos com o grupo estudado do qual fiz parte como agente/sujeito. O Museu Comunitário nesse trabalho é um processo em construção de mobilização, identificação, ação e cidadania, na qual a comunidade se faz sujeito no ato de formular, executar e manter o museu, emanados a partir das perspectivas da museologia social partem de construções coletivas que utilizam de ações e atividades para a aproximação entre o museu e a comunidade representada.