Bom para comer, bom para pensar: políticas públicas e a segurança alimentar e nutricional de populações quilombolas na Amazônia Paraense
Bioantropologia; Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); Saúde da População Negra; Vulnerabilidade.
Os debates internacionais sobre segurança alimentar e nutricional (SAN) têm enfatizado que a má nutrição ainda é problema central na vida moderna. No Brasil, a agenda governamental de SAN demonstra uma série de descontinuidades e poucos resultados sociais concretos quando referidos a povos e comunidades tradicionais, em especial populações rurais afrodescendentes (quilombolas). Objetivo: Neste estudo, busca-se compreender como as políticas de segurança alimentar e nutricional, em especial o Guia Alimentar para a População Brasileira e o Programa Nacional de Alimentação Escolar, se relacionam com as demandas das comunidades quilombolas da Amazônia paraense, Brasil, adentrando na política nacional de segurança alimentar e nutricional (PNSAN) e os desafios para solucionar a questão da malnutrição entre estes grupos. Método: O estudo utiliza a abordagem de métodos mistos a partir de dados sobre o consumo alimentar e os aspectos socioculturais de três grupos quilombolas paraenses – Santo Antônio (Concórdia do Pará, Nordeste Paraense), São João (Salvaterra, Ilha do Marajó) e Umarizal (Baião, Baixo Tocantins), além da revisão da literatura e análise documental referente a legislação brasileira de segurança alimentar e nutricional vigente. Resultado esperado: Visando colaborar com as comunidades tradicionais da Amazônia, pretende-se com esta investigação analisar a adequação e o impacto das políticas públicas de SAN para a redução das desigualdades entre os grupos vulneráveis brasileiros.