O TRABALHO DO (A) ASSISTENTE SOCIAL NOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: um estudo no distrito de Icoaraci – Belém/Pará.
Serviço Social; Trabalho profissional; Sistema Único de Assistência Social.
O presente estudo tem o objetivo de analisar as particularidades do trabalho profissional do (a) assistente social nos serviços socioassistenciais do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, no território de Icoaraci/Belém-Pará, no contexto de transformações no mundo do trabalho, sobretudo, do desmonte de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores. Para alcançar tal objetivo utilizou-se da pesquisa qualitativa, com vistas a trazer a voz dos (as) assistentes sociais obtidas através de entrevistas semiestruturadas, bem como, da pesquisa documental, objetivando uma maior aproximação do referido objeto. Teve por base o método do Materialismo Histórico e Dialético, o qual possibilitou uma análise ampla da realidade, na perspectiva da alcance da totalidade do fenômeno (teoria marxiata), e através de profundas mediações com o movimento histórico da sociedade. Desse modo, os dados evidenciam que as particularidades do trabalho profissional do (a) assistente social nos serviços socioassistenciais do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, no território de Icoaraci/Belém-Pará, expressam de forma contraditória, tensões, devido às precárias condições de trabalho existentes nos espaços socioocupacionais do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) - Icoaraci, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) - José Carlos Pacheco Dias e Centro Especializado para a população em situação de rua (Centro Pop) - Icoaraci. Por conseguinte, faz-se referência que sob a orientação neoliberal nos serviços públicos, há um (re) direcionamento do trabalho desse/a profissional para ações pontuais, emergenciais, de controle social e mediação para o “apaziguamento” das lutas de classes, ou seja, voltados “à manutenção da ordem e à criação de consensos de classes em uma sociedade marcadamente desigual, que assegurem a reprodução social”, do indivíduo (IAMAMOTO, 2000, p. 95). Em consequência, apreende-se, então, que há uma enorme força motriz que permeia os serviços públicos, conduzindo o avanço de ações (neo) conservadoras que potencializem o mínimo social.