Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: RICARDO COSTA AMARAL

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RICARDO COSTA AMARAL
DATA: 27/06/2024
HORA: 17:00
LOCAL: Belem-via meet
TÍTULO:

DA LANÇANTE À ÁGUA DE MORTA: Marx e a crise hídrica da Amazônia paraense.


PALAVRAS-CHAVES:

Ecologia de Marx. Crise hídrica. Dependência. Ciclo hidrossocial. Mercantilização da água.


PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Economia
RESUMO:

No momento atual o capitalismo se caracteriza por relações de expropriação em duas frentes uma que se estabelecem pela ascensão do neoliberalismo como um sistema de redistribuição com base na financeirização que corrobora para manter às desigualdades e restringir à reprodução social e a outra pela crise ecológica planetária que tem por base a dissolução forçada de tudo o que existe, ou seja, presencia-se uma era de crise estrutural que provoca o extermínio das condições elementares da teia da vida para as gerações humanas. A degradação do ambiente natural aflora em várias regiões do planeta, porém na região amazônica brasileira e especificamente no estado do Pará, as mutações do espaço se intensificam de forma singular por razões diversas como: expansão do agronegócio, exaustão do solo em razão da mineração, aumento do desmatamento de áreas de floresta, descarte sem tratamento de efluentes industriais e residenciais em bacias hidrográficas entre outros, ademais esta degradação dos rios se relaciona no ciclo hidrossocial com a acumulação infinita do capital que estabelece intervenções urbanas na paisagem das cidades para manter em taxas crescentes o seu metabolismo reprodutivo. Dessa forma, nessa tese aborda-se à degradação de algumas das Bacias Hidrográficas nas cidades de Belém, Barcarena, Salinópolis e Marabá todas no estado do Pará, assim sendo a questão que norteia à discursão desse trabalho é qual a relação entre o desenvolvimento econômico capitalista das cidades e a destruição das suas bacias hidrográficas? Porquanto, para compreender a realidade deste fenômeno realiza-se uma pesquisa mista e interdisciplinar com base na concepção teórico-metodológica de Karl Marx a qual possui caráter dialético-relacional, assim a mesma é basilar no debate da relação entre sociedade e natureza para atender as demandas do capital e as contradições inerentes ao sistema capitalista, em adição no processo de produção, apropriação, acumulação, reprodução e expansão da economia capitalista se estabelece um conjunto de manifestações atípicas (crises) em nível planetário (aumento da temperatura, crescimento da poluição do solo e da água, aniquilação de diversas espécies de seres vivos, diminuição dos níveis de água em rios e oceanos entre outros) que caracterizam a crise ambiental. A crise ambiental engloba a degradação do ciclo hidrossocial em bacias hidrográficas, além disso se estabelece um processo de mercantilização da água em razão da sua escassez, este processo corresponde ao produto da acumulação de capital que ocorre com intercambio desigual entre países centrais e periféricos, esta distinção se estabelece por que os países centrais dominantes que tem como base econômica a alta inovação tecnológica industrial e os países periféricos dependentes fundamentam sua acumulação na superexploração do trabalhador e na exaustão de matérias naturais e de suprimentos energéticos, esta polarização diferencia a acumulação de capital dos países dominantes que enriquecem com a transferência de valor oriunda dos países dependentes que exterminam os seus dons gratuitos da natureza, por exemplo a água.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BENJAMIN ALVINO DE MESQUITA
Externo à Instituição - DANIEL NOGUEIRA SILVA
Externo ao Programa - 1063892 - GIANCARLO LIVMAN FRABETTI
Interno - 2423422 - HARLEY SILVA
Presidente - 3153414 - JOSE RAIMUNDO BARRETO TRINDADE
Notícia cadastrada em: 18/06/2024 17:05
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - morango.ufpa.br.morango2