Informalidade Empresarial, mostra a tua cara! Estudo exploratório e parametrização.
Informalidade. Estabelecimentos Informais Empresariais. Organizações Não Capitalistas. Informalidade Empresarial.
A proposição da tese examina a presença de uma categoria informal, denominada informalidade empresarial, a qual é nomeada por outros autores, conforme identificado no processo de levantamento bibliográfico, sem, no entanto, converter-se em objeto de categorização ou caracterização, resultante de um processo de aproximação que não focalize o indivíduo, como o trabalhador autônomo ou "conta própria". No presente trabalho, para compreender o funcionamento da informalidade empresarial na Economia, considerou-se sua inserção na lógica do mercado, ou seja, vinculada a empreendimentos não capitalistas, com seus circuitos próprios de comercialização e semiautônomos, em interação com o capital. Observa-se que esse movimento de valorização se desenvolve no ambiente de circulação de mercadorias (MARX, 2014) e captura de excedentes, através da conexão entre o circuito inferior (SANTOS, 2003), onde estão localizados esses empreendimentos informais, e o circuito superior, estruturado pelo grande capital. Analisado este processo de inserção e valorização, esta tese sistematiza as principais características dos estabelecimentos informais empresariais. Para isso efetuou-se um arranjo metodológico, com pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de levantamento, em cuja amostra estatística foi definida a partir da técnica da amostra finita (LUCHESA, 2011) e para a qual foi desenvolvido formulário próprio, que também permitiu análises qualitativas. A pesquisa, contribuiu para reunir os principais pontos que dão sentido à informalidade empresarial, segundo um viés distinto, que buscou captar e interpretar a atividade pela dinâmica do estabelecimento físico fixo. Desse modo, em caráter preliminar, o presente trabalho apresenta uma contribuição inovadora, evocando a informalidade empresarial em suas principais características econômica e social, enquanto categoria de análise produtiva e, com isso, trazendo mais elementos ao debate da Economia do Trabalho. São apontadas, a partir das análises, algumas tendências, como a bancarização, o uso da mídia digital, a reduzida participação da política de microcrédito como elemento de alavancagem, além do caráter permanente do fenômeno, entre outros aspectos.