O URBANO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: os possíveis critérios de criação das atuais regiões metropolitanas à luz da urbanização contemporânea na Amazônia.
Amazônia; Urbanização; Regiões Metropolitanas
Mesmo com dificuldades do estabelecimento de políticas de interesse comum no espaço metropolitano, a partir da Carta Magna de 1988, onde os Estados são os responsáveis em instituir ou alterar as regiões metropolitanas brasileiras, observa-se a sua crescente oficialização em todo país, abre debates sobre quais são os critérios correntes para a aprovação dessas novas RMs nos diversos estados brasileiros, e inspira a investigação sobre os fatores e agentes que estão envolvidos na consolidação destes espaços considerados historicamente estratégicos na urbanização. Esta pesquisa discute a institucionalização das atuais regiões metropolitanas na Amazônia, em busca de possíveis critérios de criação à luz da urbanização contemporânea. O argumento principal é que os critérios indicados pelo OCDE, EUROSAT, Standard Metropolitan Area dos EUA, IBGE, IPEA e Estatuto da Metrópole para institucionalizar uma região metropolitana dentro de um país, são definidos a partir de uma matriz de metrópole fordista-keynesiana (Soja, 2000) e que por sua inserção periférica no sistema mundo, as criações de regiões metropolitanas na Amazônia, segundo parâmetros de uma matriz de metrópole fordista-keynesiana, não contemplam processos de urbanização gerados a partir de extração de recursos naturais e transferências para metrópoles globais. Objetiva-se de modo geral construir um arcabouço teórico conceitual que inclua o debate sobre a urbanização contemporânea na institucionalização das regiões metropolitanas localizadas em áreas periféricas como a Amazônia. Com o intuito de alcançar esse objetivo a pesquisa identifica quais são os critérios usados para oficialização das regiões metropolitanas, aponta e avalia criticamente os fatores e agentes que têm interesse na criação das regiões metropolitanas e propõe novos critérios para oficialização das regiões metropolitanas.