IMERSÃO SOCIAL E O PAPEL DAS REDES E INSTITUIÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DO MERCADO DE TERRA NA REGIÃO DO SUDESTE PARAENSE: uma análise sobre o papel dos agentes na configuração da política de incentivos fiscais para a Amazônia entre os anos de 1966 e 1979.
Redes sociais, arranjo institucional, mercado de terra, Sudeste paraense, agente central, laços fortes e fracos.
Este trabalho propõe compreender a formação histórica e a consolidação do mercado de terras no Sudeste paraense durante o período do Governo Militar, tendo em vista o papel que os agentes econômicos e as instituições civis e do Estado tiveram no processo de construção desse mercado. Para isso, busca-se utilizar os referenciais teóricos da Nova Sociologia Econômica (NSE) e da Nova Economia Institucional (NEI), através de um maior detalhamento das redes sociais que foram se constituindo no período entre 1966 a 1979, em pleno período da política de incentivos fiscais implementada pelo Governo Federal. Ancorado na NSE e complementarmente a NEI pretende-se definir esse mercado com uma construção social histórica e demonstrar a importância dos atores e organizações nesse processo através da metodologia de Análise de Redes Sociais - ARS. Para tal, o estudo procurou verificar se as estruturas das redes influenciaram os agentes que teriam acesso as terras dessa região junto com a política de incentivos implementada pelo Governo Militar. A hipótese de trabalho é a de que por meio de determinados atores e redes que foram se formando, constituiu-se um arranjo institucional que permitiu a expansão dessa rede a partir da consolidação de laços fracos e fortes de atores ligados à Associação dos Empresários da Amazônia e às empresas familiares que se estabeleceram na região. Para avaliações empíricas dos resultados levantados, foram utilizadas algumas métricas da ARS, verificando-se a forte correlação entre a concessão de incentivos e a organização dessas redes de atores.