ENSAIOS SOBRE A DESIGUALDADE RENDA NO BRASIL NUMA PESPECTIVA PÓS-KEYNESIANA: CRESCIMENTO DE LONGO PRAZO, INVESTIMENTO E MODELO DE DÍVIDA.
Desigualdade de renda, demanda agregada, produtividade, investimento.
Esta tese tem como objeto de interesse na análise da influência da desigualdade de renda per capita na função investimento Kaleckiano. Para tal, esta tese é composta de três artigos que apresentam como ‘fio condutor’ que os ‘ligam’ a distribuição de renda em um dos seus principais aspectos que é a desigualdade de renda per capita cuja mensuração se da pelo do índice de Gini criado em 1976. Tem inicio com o primeiro artigo analisando de maneira teórica sob uma visão Pós-Keynesiana das três das gerações existentes, de compreender quais são as características do modelo de crescimento econômico no longo prazo? Para a primeira geração de acordo com seus autores o crescimento econômico das economias capitalistas se da no longo prazo com pleno emprego ser possível porem incerto, de que a distribuição de renda serve como um dispositivo regulador entre as ‘taxas natural’ e ‘garantidas’ deste crescimento além do que um acréscimo na propensão a poupar terá como consequência uma diminuição da taxa de investimento e da própria poupança. Já para a segunda geração admitem que o crescimento dar-se-á no longo prazo com plena utilização da capacidade produtiva e não somente pelo meio das variações da atuação dos lucros e os da terceira geração entrando em controvérsia com os da segunda geração, dizem que o crescimento econômico de longo prazo é atingido pela introdução de relações não-lineares, entre as variáveis macroeconômicas dos sistemas da segunda geração e de que no longo prazo o grau de utilização da capacidade produtiva será normal. No segundo artigo, analisa-se através dos modelos Pós-Kaleckianos de como a desigualdade de renda per capita influencia a variável investimento? Para tal feito utilizou-se da modelagem realizada por Alencar et al(2020), além de avaliar o regime de demanda existente no Brasil do período de 1976 a 2019 utilizando-se das estimativas das variáveis: produtividade, investimento, exportação e poupança bruta.Com estas estimativas permitiu julgar que para o coeficiente de Kaldor-Verdoorn ( ) foi de 0,26, bem abaixo dos encontrado por Alencar et al (2020) e o de Naastepad e Storm (2007) e da relação da produtividade com a desigualdade de renda per capita que é avaliado através do o coeficiente de Gini ( ), sendo este negativo o que já era esperado e significativo ao nível de 1%, mostrando que quanto maior for a desigualdade de renda per capita, contribui de maneira a diminuir a produtividade, já a relação entre investimento e a desigualdade de renda per capita mostra um Gini negativo (esperado) e significativo ao nível de 10%,mostrando que quanto maior for a desigualdade de renda per capita gera uma diminuição nos investimentos, ou seja que o aumento de 1% no Gini gera uma diminuição no investimento de 0,99. Sendo que a forma de regime dominante no Brasil do período de 1976 a 2019 foi induzida por um regime de demanda ‘puxado’ pelos salários (wage-led) em virtude do coeficiente de regime positivo (C= 0,097). O terceiro analisará como a desigualdade de renda per capita afeta o investimento considerando que o modelo de regime de crescimento financeiro liderado pela dívida (debt-led), na economia brasileira de 1976 até 2019?