Novas soluções para velhas práticas: as clínicas jurídicas das universidades públicas federais como importantes aliadas no combate ao trabalho escravo contemporâneo
trabalho escravo; universidades públicas federais; clínicas jurídicas; educação em direitos humanos; ensino, pesquisa e extensão
A persistência de trabalho escravo no Brasil, na atualidade, evidencia a profunda contradição da modernidade emancipatória que foca na dignidade humana, de um lado, e a exploração de indivíduos a partir de uma lógica voltada unicamente na otimização de lucros, de outro lado. A despeito de se verificarem esforços, marcados na estrutura jurídica do país, a manutenção das ocorrências envolvendo trabalho escravo indica que este ainda é um problema a ser enfrentado e mais, que precisa de uma abordagem nova e com capacidade para lidar com a complexa cadeia de desenvolvimento do trabalho escravo. Tomando-se como base essa premissa, busca-se verificar as experiências prévias exitosas no combate ao trabalho escravo a partir de iniciativas de clínicas jurídicas de universidades públicas federais, busca-se verificar qual o real impacto que estas entidades podem oferecer para a sociedade no combate ao trabalho escravo. Para isso, propõe-se a avaliação das iniciativas já desenvolvidas no âmbito da tríade ensino, pesquisa e extensão das clínicas jurídicas voltadas ao combate do trabalho escravo contemporâneo desenvolvidas no ambiente acadêmico das universidades públicas federais, sua catalogação e a análise das iniciativas desenvolvidas, a fim de desenvolver uma proposta de modelo ideal de clínicas para o adequado enfrentamento ao trabalho escravo, considerando-se que são importantes agentes nessa empreitada.