RAZÃO PRÁTICA E ALTERIDADE: A TEORIA DA LEI NATURAL À LUZ DA ÉTICA DA FRATERNIDADE
Ética da fraternidade, Lei natural, Razão prática, Alteridade, Bem comum
O objeto da filosofia moral, intrigante para as teorias de justiça existentes, diz respeito às razões pelas quais se reúnem as pessoas em sociedade, porque essa é a chave para a legitimação da organização política e jurídica. Este trabalho conclui que é a ética da fraternidade o que vai ao encontro da realização humana integral e que corresponde à potência humana associativa. Argumenta-se que mesmo as instituições mais sofisticadas em termos de ordem e de organização política e jurídica não se sustentam legitimamente se deixarem de ter como referência a ética da fraternidade, pois ela é o fundamento da moralidade, presente na razão prática e na alteridade, ambas formas de manifestação da lei natural, o que possibilita a aferição de critérios objetivos para a concretização do bem comum instrumental, que constitui a própria fraternidade, o bem comum substancial.