Estudo Físico-Químico e Químico de Folhas de duas variedades de URUCUZEIRO (Bixa orellana L.) e seus ChásEstudo Físico-Químico e Químico de Folhas de duas variedades de URUCUZEIRO (Bixa orellana L.) e seus Chás
Metais, Controle de Qualidade, Plantas Medicinais, Folhas de Urucuzeiro.
O uso de plantas medicinais com finalidade de curar ou amenizar as doenças que afligem as pessoas é muito difundido no planeta, principalmente em países mais pobres. Muitas das vezes a dificuldade da obtenção dos tratamentos de saúde fazem com que ainda se persista o uso da fitoterapia como forma de suprir essa necessidade, sendo o saber tradicional a fonte de conhecimento. Isto posto, o presente estudo tem como objetivo realizar uma investigação físico-química e de teores de metais nas folhas de urucuzeiro (Bixa orellana L.) e em seus chás, relacionando com as influências das variedades que produzem dois tipos de frutos (verde ou vermelho), e as localidades de plantio. O material botânico foi coletado em 3 municípios do nordeste paraense (Belém, Vigia e São Miguel do Guamá), e sua identificação foi realizada por botânicos do Herbário IAN da EMBRAPA Amazônia Oriental. As análises físico-químicas foram realizadas segundo metodologias recomendadas pela Farmacopeia Brasileira e as determinações dos teores de metais foram feitas usando-se ICP OES. Os resultados mostraram que nas análises físico-químicas e dos metais, não foram observadas diferenças significativas quanto à procedência das variedades e também não houve diferença quanto local de coleta. Quanto aos chás os resultados mostraram que os teores de metais estavam dentro das normas de segurança previstas na literatura e na legislação vigente. O pó se mostrou muito variável quanto a sua granulometria, com pH ácido e baixo teor de umidade (menor que 14 %), o teor de extrativo médio ficou em torno de 20 %, os teores de cinzas totais são compatíveis com a legislação. A lavagem das folhas com solução de NaClO a 10 %, sugerida não interfere na determinação dos metais estudados. As taxas médias de migração dos metais Al, Cr, Na, Mn, Mg, Cu, Ca, K, Ni, Fe e Zn da folha para o chá foram baixas ou moderadas. Já em termos de Na, Mn, Mg, Cu, Ca, K, Fe, Cr, Ni e Zn a ingestão de uma xícara de chá não apresenta nenhum risco a saúde humana, todavia, os teores médio encontrados para Al indicam que uma xícara de chá já comporta 30 % do limite máximo diária de ingestão deste metal.