Estudo Cromatográfico, Biotransformação e Atividade Antimicrobiana de Fungos de Solo Rizosférico
rizosfera, biotransformação, atividade biológica
Neste trabalho teve por objetivo estudar quatros fungos isolados da rizosfera da planta Mimosa acutistipula var. ferrea da região da Serra dos Carajás como justificativa a busca de novos agentes antimicrobianos, antileishmania, tripanocida e avaliar o potencial de biotransformação com os substratos acido abiético, dibenzalacetona, β-sitosterol, e α-β- amerina como fonte de obtenção de metabólitos secundários com potenciais biológicos. As análises dos perfis químicos dos micros extratos dos fungos permitiram selecionar dois fungos para trabalhar com isolamento de metabólitos secundários. Foi possível a identificação do gênero Aspergillus sp do fungo FRIZ04 por meio da análise macroscópica e os outros fungos estão em processo de identificação. Os metabólitos secundários foram isolados pelos métodos clássicos de cromatografia, HPLC e identificados por métodos espectrométricos. Os metabólitos secundários isolados foram: ergosterol, peróxido de ergosterol, monometilsulocrina, 6-metoxiespirotripostantina B, fumitremorgina C, pseurotina A, fumigaclavina C, verriculogenina, triglicerídeo, monoglicerídeo, a mistura α-glucopiranose e β-glucopiranose. Os extratos foram submetidos aos ensaios antimicrobianos e apresentaram atividade bacteriostático a uma concentração inibitória mínima de 500 μg.mL-1 para as bactérias Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa e os extratos em grande escala foram bactericidas a uma CIM de 500 μg.mL-1 para Escherichia coli e inativo para Pseudomonas aeruginosa e Bacillus subtilis. Os extratos em grande escala foram submetidos ao ensaio preliminar de citotoxicidade obtendo uma CIM de 221,96 μg.mL-1 que apresentou moderada toxidade frente à Artemia salina. A substância Monometilsulocrina isolada do fungo Aspergillus sp. apresentou uma boa atividade tanto para epimastigota com uma CI50 de 2,87 μg.mL-1 e tripomastigota com uma CI50 de 1,76 μg.mL-1 para Tripanossoma cruzi. O fungo Aspergillus sp foi o que teve maior potencial de biotransformação para o substrato dibenzalacetona. Os substratos ácido abiético, α-β- amerina e β-sitosterol não foi possível avaliar o potencial de biotransformação para os fungos utilizados neste trabalho.