Fungo Endofítico Aspergillus sp. (Rr3C1) Isolado de Paspalum maritmum Trin. (Poaceae): Estudo Químico, Biotransformações e Atividades Biológicas
Aspergillus, Paspalum maritimum, Poaceae, fitotoxicidade, biocatálise, atividade antimicrobiana.
O fungo Aspergillus sp. foi isolado como endofítico das raízes da espécie vegetal Paspalum maritimum. Esse micro-organismo encontrava-se armazenado na micoteca do Laboratório de Bioensaios e Química de Micro-organismos (LabQuiM) do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal do Pará com o código Rr3C1, sendo reativado em placa de Petri com BDA e cultivado em arroz parbolizado para o crescimento da biomassa, da qual foram obtidos quatro extratos fúngicos para investigação química. O estudo químico foi conduzido com três desses extratos: extrato metanol-1, extrato acetato de etila e extrato metanol-2. As substâncias identificadas foram os esteroides Ergosterol e Peróxido de Ergosterol, a substância S3, a Esterigmatocistina, a O-Metilesterigmatocistina e a Aflatoxina B1. Com os extratos foi realizado estudo do potencial de atividade de fitotoxicidade para testar a influência desses extratos na germinação das sementes, desenvolvimento da radícula e do hipocótilo frente às espécies invasoras de pastagens Mimosa pudica (malícia) e Senna obtusifolia (mata-pasto). Foram realizados estudos para testar o potencial biocatalítico do fungo diante de três substratos. Foram realizados ensaios antimicrobianos por microdiluição em placa de Elisa para testar atividade biológica frente a quatro espécies de bactérias utilizando os extratos e substâncias obtidas no estudo químico e com produtos obtidos nas reações de biotransformações. Foi testado a ocorrência de atividade antimicrobiana em disco-difusão ágar contra duas espécies de bactérias e duas de leveduras utilizando a aflatoxina B1. Por fim, foi testada atividade antipromastigota com as substâncias O-Metilesterigmatocistina e Aflatoxina B1 contra a espécie Leishmaniaamazonensis. Todas as substâncias identificadas nesse estudo foram obtidas por técnicas clássicas de cromatografia e identificadas por Ressonância Magnética Nuclear de 1H e de 13C uni e bi-dimensionais.