ESTUDO COMPUTACIONAL DE DIIDROPIRANO[3,2-B]CROMENODIONAS, THUJAPLICINAS, RESORCINOL COMO INIBIDORES DA ENZIMA TIROSINASE
Docagem. Dinâmica Molecular (DM). Inibidores. Tirosinase.
Desordens dermatológicas, como por exemplo, melasma, o câncer de pele (melanoma) que é descrito como o cancro mais fatal dentre os cânceres dessa categoria, e outros tipos de discromias, são causadas por distúrbios na melanogênese. Ela é responsável pela síntese do pigmento melanina, tendo como substrato natural a l-Tirosina, que é catalisado pela enzima Tirosinase (TYR), a qual é composta por dois íons de cobre (Cu2+ ) no seu centro catalítico, sendo coordenados por 3 resíduos de histidinas (HID) cada. Assim, moléculas com potencial inibição de TYR são frequentemente encontradas na literatura, considerando o seu principal represente o Acido Kójico (AK). Este é capaz de quelar os íons Cu2+, porém, de maneira reversível, fracamente quando em sistemas biológicos e apresentou resultados insuficientes em testes clínicos. Nesse raciocínio, é preciso planejar novos inibidores que desempenhem uma ação inibitória com efeito melhor e com menos efeitos colaterais em relação aos já usados atualmente. No presente trabalho, técnicas computacionais de modelagem molecular foram utilizadas para o planejamento de novos fármacos, tais como: Docagem molecular, Dinamica Molecular (DM) e Energia de Interação Linear (Linear Interaction Energy- LIE), para a descrição de novos inibidores Diidropirano[3,2-b]cromenodionas, este derivado de AK, derivados de Thujaplicina e resorcinol (ou resorcina). Os resultados demonstraram que os ligantes diidropiranos, por ter grande estrutura, apresentam ligações com muitos resíduos ao redor do centro catalítico, com energias de docagem variando de 90 a 121 Kcal.Mol-1, dessa forma, ocupando o local de ligação do substrato natural de TYR. Thujaplicinas apresentaram a característica de quelar fortemente os íons metálicos Cu2+ da TYR com energia 2x, ~ -28,2 Kcal.Mol-1, mais favoráveis em relação ao AK (-14,8 Kcal.Mol-1), obtidas por LIE. Ainda, resorcinas também apresentaram propriedade de quelar com energias potencialmente melhores em relação aos que estão presente comercialmente hoje