Estudo químico de Myrcia sylvatica (G. Meyer) DC
Myrcia sylvatica, Myrtaceae, óleos essenciais, triterpenos
Um grupo de espécies da família Myrtaceae tem importante uso nas comunidades tradicionais brasileiras para tratamento de algumas enfermidades; dentre elas, a espécie Myrcia sylvatica, incluída no grupo de espécies conhecidas no Brasil como pedra-ume-caá ou insulina vegetal, tem uso no tratamento de diabetes1. Os óleos essenciais dessa espécie são recomendados para anestesia e sedação de peixes, pois induzem um metabolismo anaeróbico e não alteram a maioria dos parâmetros bioquímicos, aumentando a capacidade antioxidante dos tecidos vivos2. Levando em consideração o potencial farmacológico das espécies de Myrtaceae, atividade antioxidante das espécies de Myrcia, uso tradicional de M. sylvatica, e a carência de estudos publicados sobre a composição dos extratos fixos, o objetivo deste trabalho foi conduzir o estudo químico dos compostos fixos e voláteis das folhas da espécie M. sylvatica, coletada em Belém-Pará. Métodos cromatográficos clássicos e espectrométricos usuais (RMN e EM) levaram à identificação dos triterpenos α-amirina, β-amirina e sitosterol glicosilado do extrato metanólico. Os óleos essenciais foram obtidos por hidrodestilação e arraste a vapor e analisados por CG/EM. A composição química dos óleos evidencia a predominância de cariofileno (E), γ-elemeno e germacreno–D, sendo que apenas os teores desses compostos variaram dependendo do método de extração. A extração por hidrodestilação resultou em teores maiores para esses três sesquiterpenos.