Avaliação do biocarvão oriundo da casca da laranja (Citrus sinensis L. Osbec) na adsorção dos íons Pb2+ e Cu2+ e azocorantes.
Biomassa residual; biocarvão, biossorvente, chumbo, cobre, amarelo tartrazina.
A contaminação da água é um problema que começou a ganhar atenção a partir do século XIX e se intensificou com o grande avanço industrial, principal responsável pela poluição do meio ambiente. Entre os principais poluentes lançados na água temos metais pesados e corantes, que afetam diretamente a vida marinha e a espécie humana. Muitas técnicas são empregadas no tratamento desses contaminantes entre eles destacamos o processo de adsorção que é um método eficaz e relativamente barato. Na adsorção há sempre a busca por adsorventes eficazes e de baixo custo, nessas características temos a casca da laranja que apresenta uma vasta produção renovável e uma alta capacidade de adsorção que pode ser melhorada com modificações físico-químicas. O objetivo desse estudo foi preparar e caracterizar um biocarvão através de tratamento térmico e químico oriundo da casca da laranja, observar sua capacidade adsortiva em soluções sintéticas contendo (Cobre II, Chumbo II e Amarelo Tartrazina) e aplicar os modelos de isoterma de Langmuir e Freundlich para entender o processo de adsorção. Através dos resultados foi possível observar a influência no potencial de remoção em virtude das variações de pH e concentrações. Para ambos os metais e o corante a cinética que melhor descreve o processo de adsorção é o modelo de pseudo segunda ordem. Com a aplicação dos modelos de isotermas foi possível observar que o de Langmuir melhor descreveu o processo para todas as espécies estudas. A casca da laranja modificada físico-quimicamente se mostrou eficiente na remoção das espécies, com remoção de 98% para chumbo e tartrazina, e 90% para o cobre. A melhor faixa de pH para estudo foi 5 para ambos os metais e pH 4 para o corante.