SEPARAÇÃO PREPARATIVA DE XANTONAS BIOATIVAS DO PERICARPO DE Garcinia mangostana L. E ESTUDO IN VITRO DOS POTENCIAIS ANTIOXIDANTE E HIPOGLICEMIANTE
Separação em contracorrente, Garcinia mangostana, bioatividade,
antioxidant capacity.
Neste trabalho apresentamos um método preparativo de eluição por cromatografia em
contracorrente de alta velocidade (CCCVA-Prep) para a separação e isolamento de xantonas
bioativas presentes no extrato alcoólico do resíduo agroindustrial de Garcinia mangostana L.
O método se mostrou bastante eficiente, operando com sistema de solventes bifásico
constituído de Metanol/H 2 O/EtOH/Hex/MTBE (6:3:1:6:4v/v), modo de eluição cauda-cabeça,
com fluxo da fase móvel de 5mL/min e velocidade de rotação de 800 rpm. O método
demostrou repetibilidade (RSD=3,8-6,5%) e permitiu o isolamento das xantonas α-
mangostina e γ-mangostina, ambas com purezas acima de 93%, em uma única etapa, no
intervalo de 35 min. As substâncias isoladas foram identificadas por LC-PDA-MS e NMR de
1 H e 13 C. Ambas as xantonas demonstraram eficiente capacidade de inibição dos radicais
DPPH e ABTS + de forma dependente da concentração com EC 50 a 8,43 e 3,31 μg/mL,
respectivamente, para γ-mangostina, e 71,10 e 29,33 μg/mL, respectivamente, para α-
mangostina. O efeito hipoglicêmico da α-MG isolada foi avaliada in vivo sendo administrada
diariamente por gavagem (via oral), dose única (75mg/Kg), durante 5 dias, em camundongos
diabéticos induzido por aloxana. Após 5 horas da administração da α-MG, ao longo dos 5 dias
de tratamento, a glicemia dos animais foi verificada, com um glicosímetro. A glicemia dos
animais diabéticos e diabéticos tratados com α-MG (75mg/Kg) aumentou significativamente
(p<0,05) comparado ao grupo controle normal (animais normais tratados com veículo). No
entanto, não observamos diferença significativa entre a glicemia dos camundongos diabéticos
e diabéticos tratados com α-MG, mas ao longo dos 5 dias de tratamento a glicemia mostrou
uma tendência de redução, o que sugere um potencial hipoglicêmico da α-MG.