ESTUDO QUÍMICO E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE FUNGOS ENDOFÍTICOS DE Aspidosperma excelsum.
fungos endofíticos; Aspidosperma excelsum; substâncias isoladas; modificações estruturais; atividade biológica.
Microrganismos endofíticos produzem metabólitos secundários, substâncias que não estão diretamente envolvidas no crescimento e reprodução do organismo, mas desempenham papéis essenciais na relação com a planta hospedeira, contribuindo para o bem-estar de ambos. Os fungos endofíticos tem sido uma rica fonte de produtos químicos e bioquímicos úteis que cobrem um amplo espectro de atividades biológicas, o que pode contribuir para o combate de diversas doenças. Hoje, infecções microbianas resistentes a antibióticos, têm sido os maiores desafios, que ameaçam a saúde das sociedades e ainda as neoplasias têm sido responsáveis pela morte de milhares de pessoas anualmente no mundo. O uso de plantas e/ou seus fungos endofíticos pode ser uma boa estratégia para a descoberta de novos compostos bioativos, como por exemplos, anidrofusarubina, xilarftalida A, (-) 5-carboxilmeleína e (-) 5-metilmeleína. Das espécies ocorrentes na região amazônica, destaca-se Aspidosperma excelsum Benth., pois são utilizadas para o tratamento de malária e febres em geral, além de possuir atividade antimicrobiana contra Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans, Aspergillus niger, entre outros. Neste trabalho estudou-se cinco fungos endofíticos isolados de A. excelsum, onde seus extratos foram avaliados através de perfil químico e de suas atividades biológicas. Os extratos foram fracionados através de técnicas cromatográficas em coluna usando misturas de hexano, acetato de etila e metanol em gradiente crescente de polaridade e refracionadas em cromatografia de alta eficiência HPLC-PDA para isolamento dos constituintes químicos. As substâncias isoladas tiveram as suas estruturas elucidadas através da utilização de técnicas espectrométricas de RMN e EM. As substâncias isoladas e os extratos brutos foram testados biologicamente frente às bactérias Escherichia coli, Bacillus subtilis e Salmonella typhimurium. Ainda a substância 5-metilmelleina apresentou um bom rendimento e bom potencial biológico então foi submetida a modificações estruturais para verificar se a mudança de grupos funcionais na molécula afeta sua atividade.