INVESTIGAÇÃO DO PERFIL METABÓLICO DO LÁTEX DE Jatropha curcas, Jatropha gossypiifolia, Parahancornia amapa e Himathantus sucuuba E SUAS ATIVIDADES BIOLÓGICAS E DE TOXICIDADE
Composição química; látex; glicosídeos; Parahancornia; metabólitos
Entre os exsudados mais utilizados na medicina popular encontra-se o látex, que pode ser obtido a partir de várias espécies regionais, como Himatanthus sucuuba, Parahancornia amapa, Jatropha gossypiifolia e Jatropha curcas. Tais espécies, são usadas para diversos fins medicinais, porém tem o potencial químico e biológico de seus látices ainda pouco explorados. Dessa forma, buscando identificar os metabólitos presentes nos látices e fornecer parâmetros seguros para o consumo, este trabalho buscou esclarecer a composição química e as atividades biológicas dos látices das quatro espécies anteriormente citadas. Para isso o látex foi submetido à extração de seus metabólitos e análise da composição química por cromatografia em camada delgada, cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas, eletroforese e espectroscopia de infrevermelho. O capítulo I apresenta um levantamento do estado da arte, mostrando os principais aspectos químicos e biológicos relativos aos látices das espécies estudadas no trabalho e dá luz a novas perspectivas de pesquisas com essas espécies. O capítulo II fornece uma primeira visão do perfil proteico dos látices, mostrando a expressão de quatro proteínas principais nos látices de H. sucuuba e P. amapa, que podem pertencer à classe das proteases responsáveis pela toxicidade deste esxudado. Além de mostrar que a composição química é rica em glicosídeos e triterpenoides que podem exibir importantes atividades biológicas. O capítulo III exibiu uma análise comparativa das composições químicas de Jatropha curcas e Jatropha gossypiifolia e a avaliou os efeitos tóxicos in silico. Os resultados mostraram que apesar de serem do mesmo gênero, as espécies guardam poucas semelhanças químicas entre si. Os ácidos azelaico e hexadecanoico foram os compostos majoritários em J. gossypiifolia e j. curcas tem fenol 2,4-bis-(1,1-dimetiletil) e fosfato de tris(2,4-di-terc-butilfenil) como principais compostos. A avaliação in silico mostrou que os compostos majoritários de ambos os látices exibem toxicidade, sendo assim, recomenda-se precaução no uso destes exsudatos. Este trabalho contribuiu para o conhecimento fitoquímico das espécies, bem como para o conhecimento de possíveis efeitos tóxicos.