Investigação de substâncias fenólicas presentes no resíduo agroindustrial de Carapa guianensis Aubl. (Meliaceae) por técnicas de metabolômica
Aproveitamento de resíduo, andiroba, metabolômica, biofábrica.
O aproveitamento do resíduo agroindustrial de Carapa guianensis Aubl., surge como uma excelente fonte de moléculas lipídicas e fenólicas, após prensagem das sementes para obtenção do óleo de andiroba, seja por questões ambientais, escassez por recursos, bem como, na agregação de valor e continuação da cadeia produtiva, uma vez que, esse resíduo apresenta substâncias de interesse tecnológico de caráter renovável, capaz de ser convertido em matéria prima rica em compostos bioativos que podem ser aplicados principalmente na área farmacológica e cosmética. Embora este resíduo seja gerado em quantidade expressiva, aproximadamente (66% m/m) das sementes prensadas, esta fonte é pouco explorada. Desta forma, para a investigação de seu metaboloma, os extratos adquiridos foram analisados através do perfil químico por CCDAE e CG-EM, além, da aplicação da atividade antioxidante dessa matriz. Os resultados obtidos, apresentam uma diversidade estrutural de ácidos orgânicos, destacando-se o ácido lático, málico e palmítico; e os ácidos fenólicos oriundos da rota do chiquimato, destacando o ácido 4-hidroxido benzóico com 39,19%. Os estudos da capacidade antioxidante do concentrado fenólico apresentaram valores para o DPPH (IC50) 16,42 ±0,98 g/mL e ABTS (IC50) 6,52 ±0,77 g/mL. O aproveitamento deste resíduo surge como uma alternativa na busca de moléculas orgânicas bioativas, caracterizando a espécie C. guianensis, como fonte de um resíduo que tem potencial de biofábrica.